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 Teologia da prosperidade: promessa feita, promessa cumprida

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Ronaldo
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MensagemAssunto: Teologia da prosperidade: promessa feita, promessa cumprida   Teologia da prosperidade: promessa feita, promessa cumprida Empty2/2/2008, 22:08

Teologia da prosperidade: promessa feita, promessa cumprida

Uma das características globais com a qual sempre convivemos enquanto raça é a concentração de riquezas nas mãos de poucos, quando a maioria sofre com a falta daquilo que lhe é mais essencial, como comida, saneamento básico e água.

Os intelectuais e revolucionários, ao longo dos séculos, defenderam e ainda defendem suas ideologias como sendo o caminho para a resolução dos problemas da humanidade. Em sentido inverso, Jesus Cristo (Mt 26:11), em mais de uma ocasião, afirmou que a pobreza e o sofrimento haveriam de fazer parte do planeta, e nunca prometeu, nem mesmo aos cristãos, ausência de dificuldades, tanto na área da saúde quanto na das finanças.

No entanto, muitos líderes e pastores de igrejas neopentecostais, lançam mão de argumentos e estratégias que dizem ser inspiradas por Deus, para se promoverem, tanto individual quanto organizacionalmente.

Alberto Timm7 (2000, p. 51) menciona que
Muitos pregadores pentecostais têm arrecadado grandes somas de dinheiro através de tentadoras promessas de prosperidade material aos seus doadores. Baseado nas palavras de Malaquias 3:10 (Trazei todos os dízimos...e provai-me nisso...), um desses pregadores costuma assegurar aos seus telespectadores que, se forem realmente generosos em suas dádivas, eles poderão até escolher antecipadamente as “bênçãos” a serem reivindicadas de Deus. Entre as várias opções estão o tipo específico de casa que desejam ter, a marca do carro que gostariam de possuir, e mesmo o saldo da conta bancária que mais lhe agrada.
A interpretação corrupta, tendenciosa e egoísta do texto bíblico de Malaquias 3:10, leva muitos pastores – muitos deles sem nenhuma formação teológica – a fazerem uma lavagem cerebral em suas ovelhas, tirando delas, em muitos casos, tudo que possuem materialmente, fazendo-as crer que, num curtíssimo espaço de tempo, Deus lhes devolverá, multiplicado, tudo o que doaram.

Wiens (1998, p. 442) afirma enfaticamente que

El peor producto de la corrupción en la interpretación bíblica es el surgimiento de herejías cristianas. Los movimientos “pseudoevangélicos” han aprendido eficazmente del contexto social la distorsión de la verdad hábilmente se dedican a la interpretación y exposición de las Sagradas Escrituras con fines tendenciosos, corruptos y particulares.
A interpretação de textos bíblicos visando interesses particulares e descontextualizado do restante das Escrituras torna-se uma prática comum em todas as igrejas que adotam a teologia da prosperidade, e esta não pode ser vista como doutrina específica da Igreja Universal do Reino de Deus.

A "ideologia" do sucesso se faz presente em muitos outros movimentos religiosos. As "técnicas" para alcançá-lo estão nas obras de Lair Ribeiro8, Paulo Coelho9, Lauro Trevisan10 e tantos outros. Com algumas variações entre si, todos eles estão propondo um caminho para o sucesso individual. Alguns acentuam mais a religião, ao passo que outros buscam fundamentos de ordem acadêmica, como Lair Ribeiro, que é médico. De qualquer forma, para eles o segredo do sucesso se encontra dentro da pessoa. É necessário fazer brotar do interior a disposição para o mesmo. Lauro Trevisan, ex-sacerdote católico, afirma que Deus está dentro de nós. Logo, somos também deuses e podemos tudo. É só mentalizar.

Assim, a busca de bênçãos e prosperidade desvia os olhares das pessoas do céu ou do além para o presente. O pentecostalismo "clássico", tipo Assembléia de Deus, que ainda enfatiza a rejeição do mundo, esmaece-se por completo nas pregações da Igreja Universal do Reino de Deus ou de outras semelhantes. Não se busca mais uma superação dos males no além, mas prega-se a superação dos problemas aqui e agora. Além disso, os males do presente não são provações divinas, como sempre apregoou o pentecostalismo, mas sinais de que os demônios estão agindo. Em lugar de discursos apocalípticos, a pregação dos pastores coloca a conquista do presente.

Os temas da prosperidade são intensamente mencionados nos cultos transmitidos via televisão, em redes pertencentes a denominações religiosas ou em horários pagos pelas igrejas. Normalmente os pregadores versam sobre a prosperidade financeira versus a ação demoníaca. Normalmente, algumas pessoas são entrevistadas para testemunhar sobre a transformação que ocorreu em sua vida após ter aderido a uma determinada igreja. O objetivo claro da maioria das pregações é levar ao telespectador a mensagem de que se faz necessário ser adepto destas igrejas para obter o sucesso financeiro. A questão da entrega, da renúncia, da submissão à vontade de Deus no que se refere às provações, a confiança num Deus que cuida dos seus filhos mesmo em face do sofrimento, é legada ao segundo plano.

Dessa forma, muitos aderem a tais movimentos, ou por medo de serem vítimas do demônio que poderá levá-los a perder tudo o que têm, ou pelo interesse quase declarado de obter bens materiais.

Muitos pastores de igrejas pentecostais que adotam a teologia da prosperidade são provenientes dos departamentos de marketing de grandes empresas, como Xerox e Nestlé. Habituados com procedimentos “marketeiros”, apenas transferem sua prática profissional para as igrejas que fundam, e conseguem bons resultados financeiros.

Se a promessa de enriquecimento rápido não se cumprir na vida dos fiéis, com certeza se cumprirá na vida de seus pastores, que, em pouco tempo, compram mansões nos bairros nobres das cidades, têm contas bancárias substanciosas, andam em carros importados e vivem uma vida com regalias que beiram à riqueza. Promessa feita, promessa cumprida.
http://www.unasp.edu.br/kerygma/artigo6.03.asp#15t
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