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 A Cristandade e a Lei de Deus

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Marllington Klabin Will
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MensagemAssunto: A Cristandade e a Lei de Deus   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/20/2007, 16:39



A CRISTANDADE E A LEI DE DEUS

Por Marllington Klabin Will

  Clique em cima dos títulos abaixo para ser redirecionado ao tema desejado, a respeito do que as denominações cristãs dizem oficialmente sobre essas questões relativas à Lei de Deus:



Última edição por em 11/28/2007, 19:58, editado 4 vez(es)
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MensagemAssunto: O que a Cristandade Diz sobre os Dez Mandamentos?   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/21/2007, 16:36


O QUE A CRISTANDADE DIZ SOBRE OS DEZ MANDAMENTOS?


  A cristandade, em qualquer de seus ramos, nunca teve em seu conceito o Decálogo como uma norma inadequada para nossa época, condicionado apenas aos tempos em que foi formulado, e vigorado somente para os judeus como uma espécie de “rascunho” da lei divina superior do Novo Testamento, inspirada em princípios de amor fraternal, sendo agora a “lei de Cristo”, supostamente diferente da “lei de Deus” veterotestamentária.

  A seguir veremos que a posição oficial das mais variadas denominações cristãs é que a universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Fato esse reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes confissões. Isso sim é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a cristandade!


—>
Assembléia de Deus

  O Pr. Carlo Johansson, famoso teólogo assembleiano, responde da seguinte maneira:
      “A lei é a vontade de Deus, no Decálogo.”Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 48.
  Já o Pr. Harold J. Brokke afirma isto:
       “A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça. (…)
      “Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.”
    Em “Prosperidade Pela Obediência”, p. 10, 14–17.
  Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, assim se expressou:
      “Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.”Em “Através da Bíblia”, p. 27.
  Conforme foi visto acima, estes pastores pentecostais da Assembléia de Deus têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. E o conselho bíblico é que se deve obedecer aos pastores que falam a palavra de Deus. E esses líderes assembleianos estão apenas defendendo o ensinamento bíblico sobre a Lei de Deus, os Dez Mandamentos.


—>
Igreja Presbiteriana

  No “Catecismo Maior”, que é onde encontramos as instruções essenciais para um crente presbiteriano, na resposta à pergunta 93, lemos:
      “A Lei Moral é a declaração da vontade de Deus, feita ao gênero humano, dirigindo e obrigando todas as pessoas à conformidade e obediência pessoal, perfeita e perpétua a ela — nos apetites e disposições do homem inteiro, alma e corpo, e no cumprimento de todos aqueles deveres de santidade e retidão que se devem a Deus e ao homem, prometendo vida pela obediência e ameaçando com a morte a violação dela.”P. 93. Grifos acrescentados.
  E a resposta à pergunta 98 diz:
      A Lei Moral acha-se resumidamente compreendida nos Dez Mandamentos, que foram dados pela voz de Deus no monte Sinai e por Ele escritos em duas tábuas de pedra, e estão registrados no capítulo vigésimo de Êxodo.”P. 95. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Batista

  Quem vai nos responder a essa primeira pergunta é o príncipe dos pregadores batistas, Carlos H. Spurgeon, afirma o seguinte em seus “Sermons”:
      A Lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes. Não há nenhum mandamento a mais; não há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido a existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo.”Vol. 2, sermão 18, p. 280. Grifos acrescentados.
  Diz também o famoso escritor, evangelista internacional e líder religioso Billy Graham, que citando Wesley sobre os Dez Mandamentos, diz:
      “A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. (…) Os dez mandamentos… são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. (…) A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus.”Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 108–109.
  Podemos transcrever aqui nada mais nada menos que o próprio manual das Igrejas Batistas, o “New Hampshire Confession of Faith”, sistematizado por Edward T. Hiscox, onde não há nenhum ensinamento da abolição ou mesmo da alteração da Lei de Deus nesta positiva declaração:
      Cremos que as Escrituras ensinam que a Lei de Deus é a norma eterna e imutável de Seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que essa lei é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade, que as Escrituras atribuem aos homens caídos, de cumprirem seus preceitos, resulta inteiramente de seu amor ao pecado (Rom. 8:7, 8); livrá-los disso e restaurá-los por meio de um Mediador a uma sincera obediência à santa lei, é o grande propósito do evangelho e dos meios de graça relacionados com o estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2–4).”Art. 12, p. 63–64. Também é encontrado no “Manual das Igrejas Batistas”, por William Carey Taylor, ed. 4 (1949), p. 178, art. 12. Citado em O.C.S. Wallace, “What Baptist Believe”, p. 79. Grifos acrescentados.
  Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Batista têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Precisaríamos de mais alguma informação depois desta, dada pelo MANUAL DAS IGREJAS BATISTAS, que regulamenta todas as praxes da denominação? Creio que não!

[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]



Última edição por em 12/4/2007, 10:46, editado 7 vez(es)
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MensagemAssunto: CONTINUAÇÃO   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/21/2007, 16:38

[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]

—>
Igreja Luterana

  Martinho Lutero, o grande pai da Reforma e fundador da Igreja Luterana, declara o seguinte no “Prefácio à Epístola aos Romanos” sobre o verbete “Lei”:
      “‘A lei é espiritual’. Que significa isso? Se a lei fosse carnal, ela poderia ser satisfeita com obras. Sendo, porém, espiritual, ninguém a satisfaz, a não ser que venha do coração o que fazes. Mas ninguém proporciona semelhante coração, senão o Espírito de Deus, que é Quem iguala a pessoa à lei, de sorte a receber de coração a disposição para a lei, agora tudo fazendo, não por temor ou obrigação, mas de coração livre, espontaneamente. (…) uma coisa é realizar as obras da lei e outra coisa muito distinta, cumprir a lei. (…) Como se pode preparar para o bem através de obras quem não faz uma boa obra livre de indisposição e má vontade no coração? Como haverá de agradar a Deus a obra que provém de um coração indisposto e desobediente?
      “Entretanto, cumprir a lei significa realizar sua obra com vontade e amor, levar uma vida reta e conforme a vontade de Deus livremente sem a coação da lei, como se não houvesse lei ou punição. Semelhante disposição partindo do livre amor é o Espírito Santo quem a dá ao coração (…)
      “Daí sucede que somente a fé torna justificado e cumpre a lei; pois ela traz o Espírito proveniente do mérito de Cristo, e o Espírito cria um coração disposto e livre, como o exige a lei; assim, portanto, as boas obras se originam da própria fé. Isto é o que ele quer dizer no capítulo 3:21, depois de ter repudiado as obras da lei, dando a impressão de que quisesse suprimi-la mediante a fé: Não (diz ele), nós afirmamos a lei através da fé, isto é, nós a cumprimos mediante a fé.”
    Grifos acrescentados. Uma outra tradução desse documentopode ser encontrado no seguinte web site: http://solascriptura-tt.org/Diversos/Romanos-PrefacioPorLutero.htm (acessado a 28/12/2007).
  Diz o “Catecismo de Heidelberg” (1563) na parte sobre “Os Dez Mandamentos”:
    “92. Que diz a lei do SENHOR?
      “R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1–17; Deuteronômio 5:6–2: [a seguir é mostrado todos os Dez Mandamentos segundo a Bíblia]).
    “93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?
      “R. Em duas partes. A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações para com nosso próximo.”
    Grifos acrescentados.
  A “Confissão de Fé Helvética” declara o seguinte a respeito “Da Lei de Deus”:
      A lei é completa e perfeita. Cremos que toda a vontade de Deus e todos os preceitos necessários a cada esfera da vida são nesta lei ensinados com toda a plenitude. De outro modo o Senhor não nos teria proibido de adicionar-lhe ou de subtrair-lhe qualquer coisa; nem nos teria mandado andar num caminho reto diante desta Lei, sem dela nos declinarmos para a direita ou para a esquerda (Deut 4.2; 12.32, 5.32, cf. Num 20–17 e Deut 2.27).”Grifos acrescentados.

—>
Igreja Metodista

  O bispo metodista Mateus Simpson apresentou em Yale, no ano 1878, uma série de preleções sob o título “Pregação”, a qual foi publicada mais tarde por “Eton and Mains”. Em sua quarta preleção, diz ele:
      “A Lei de Deus… deve ser apresentada claramente. Nossas congregações devem ser reunidas como que em torno do Monte Sinai, enquanto de seu topo é ouvida a voz de Deus a pronunciar aqueles mandamentos que são inalteráveis e eternos. (…) Há muitos pregadores que gostam de insistir sobre o evangelho apenas… mas às vezes vão além disso e verberam contra a pregação da lei — insinuam que ela pertence a uma época passada… Tal evangelho pode erigir uma bela estrutura; mas seu fundamento está sobre a areia. Nenhum verdadeiro edifício pode ser construído sem que seus fundamentos sejam cavados profundamente pelo arrependimento para com Deus… A lei sem o evangelho é sombria e desesperadora; o evangelho sem a lei é ineficiente e destituído de poder; aquela conduz a escravidão, este ao antinomianismo. Combinados, porém, os dois produzem ‘a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’.”P. 128–129. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Congregacional

  Quem nos responde é a “Lição da Escola Dominical” da UIECB (União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil) de 15/08/1971, que ensina:
      A transmissão da Lei no Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universal. (…) Como as rochas… da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme.”Grifos acrescentados.

—>
Igreja Católica

  O Pe. Fernando Bastos de Ávila, SJ, é quem fica responsável por esta resposta. Vejamos o que diz:
      DECÁLOGO. Do grego ‘deka’ dez ‘logos’ razão, sentença. É o conjunto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus que, segundo a tradição bíblica, foram comunicados por Jeová a Moisés, no Monte Sinai, insculpidos em pedra, que os israelitas conservaram na Arca da Aliança. Ele é a explicitação mais essencial à lei natural. (…) o Decálogo é a síntese mais perfeita de toda a experiência moral e religiosa da humanidade. É o código mais simples e mais fundamental sobre o qual, em última análise, repousam todas as legislações que regulam o comportamento humano.”Em “Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo”, p. 170. Grifos acrescentados.
  Muitas pessoas pensam que o Decálogo foi dado apenas ao povo de Israel, lá no Monte Sinai, e que não serve mais para o povo de Deus, na atualidade. O que podemos pensar disso? Quem vai responder isso é o famoso “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, organizado pelo Dr. A. Van Den Born, e publicado pela “Editora Vozes Ltda”. (católica). Ele diz:
      “O dom da lei de Deus, porém, e particularmente o do Decálogo não era destinado apenas para o Israel segundo a carne, mas também para o ‘novo Israel’, que é a Igreja de Cristo. Por isso o Decálogo é várias vezes citado no Novo Testamento por Jesus e pelos apóstolos.”Coluna 363. Grifos acrescentados.
  A contribuição do erudito Pe. Júlio Maria:
      “Deus escreveu os mandamentos em duas pedras como no-lo indica a Bíblia. (…) Na primeira pedra estavam escritos os mandamentos que indicam os nossos deveres para com Deus… e na segunda, estavam escritos os nossos deveres para com os homens. (…) Os mandamentos da lei de Deus encontram-se no Êxodo e no Deuteronômio (5:6-21).”Em “Ataques Protestantes”, p. 86 e 95.
  Muito esclarecedor este texto acima!
 —> Deus escreveu em tábuas de pedra, os Dez Mandamentos;
 —> a primeira tábua tem os deveres do homem para com Deus; isto é, o “amar a Deus sobre todas as coisas”;
 —> a segunda tábua tem os deveres do homem para com o homem; isto é, “amar o próximo como a si mesmo”;
 —> e os Dez Mandamentos se encontram, nas Sagradas Escrituras, nos livros de Êxodo (cap. 20) e de Deuteronômio (cap. 5).

  Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Católica têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Muito diferente de alguns católicos leigos, mal-informados de seu próprio credo.


—>
Outras denominações

  Joseph Fielding Smith, o grande profeta e fundador da “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (mais conhecidos como Mórmons), declara em seus escritos:
      “Há aqueles que gostariam de destruir o Decálogo, ou os Dez Mandamentos… Tais mandamentos não foram ab-rogados, nem anulados e estão em vigor hoje da mesma forma como estiveram quando pronunciados em meio aos trovões no Monte Sinai, embora não sejam observados.”Em “The Heed to Yourselves”, p. 133. Grifos acrescentados.
  Alexander Campbell, o fundador de uma denominação chamada “Igreja de Cristo” (conhecida como “Discípulos de Cristo” no Brasil), declarou o seguinte num debate com Purcell:
      As dez palavras de Deus… não apenas no Velho Testamento, mas em toda a revelação, são as mais enfaticamente consideradas como a sinopse da religião e moralidade.”Em “Debate on the Roman Catholic Religion”, p. 214. Grifos acrescentados.
  O dicionário da Bíblia de Smith declara:
      “Ainda que o Decálogo seja influenciado pelo Novo Testamento, não o é no sentido de revogação ou extinção. Ele é exaltado, enaltecido, glorificado aí, mas ele próprio mantém a sua autoridade e supremacia.”Ed. de 1863, vol 3, p. 1071. Grifos acrescentados.


Última edição por em 12/28/2007, 19:48, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: A Lei de Deus Está Vigente para o Cristão?   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 13:23


A LEI DE DEUS, OS DEZ MANDAMENTOS, ESTÃO VIGENTES PARA O CRISTÃO?


—> Igreja Presbiteriana

  Na “Confissão de Fé de Westminster”, a confissão de fé adotada pela Igreja Presbiteriana, podemos achar a posição oficial:
      “V. A Lei Moral obriga para sempre a todos a prestar-lhe obediência, tanto as pessoas justificadas como as outras, e isto não somente quanto à matéria nela contida, mas também pelo respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu. Cristo, no Evangelho, não desfaz de modo algum esta obrigação, antes a confirma.
      “VI. Embora os verdadeiros crentes não estejam debaixo da lei como pacto de obras, para serem por ela justificados ou condenados, contudo, ela lhes serve… como regra de vida, a vontade de Deus, e o dever que eles têm, ela os dirige e os obriga a andar segundo a retidão… Ela é também de utilidade aos regenerados, a fim de conter a sua corrupção, pois proíbe o pecado; as suas ameaças servem para mostrar o que merecem os seus pecados e quais as aflições que por causa deles devem esperar nesta vida, ainda que sejam livres da maldição ameaçada na lei. Do mesmo modo as suas promessas mostram que Deus aprova a obediência deles e que bênçãos podem esperar, obedecendo… assim o fazer um homem o bem ou o evitar ele o mal, porque a lei anima aquilo e proíbe isto, não é prova de estar ele debaixo da lei e não debaixo da graça.
      “VII. Os supracitados usos da lei não são contrários à graça do Evangelho, mas suavemente condizem com ela, pois o Espírito de Cristo submete e habilita a vontade do homem a fazer livre e alegremente aquilo que a vontade de Deus, revelada na lei, requer se faça.”
    Cap. XIX da “Confissão de Fé de Westminster” (1647). Citado por Philip Schaff em “The Creeds of Christendom”, vol. 3, p. 640–641. Grifos acrescentados. Essa confissão de Fé pode ser encontrada no seguinte web site: http://www.luz.eti.br/do_confissaodewestminster1647.html (acessado a 07/09/2007).
  O Dr. Timothy Dwight, famoso teólogo e pregador presbiteriano, declara:
      A Lei de Deus é e deve necessariamente ser imutável e eterna.”Em “Theology Explained and Defended”, vol. 4, p. 120. Grifos acrescentados.
  E o grande reformador João Calvino, um dos pioneiros do movimento de Reforma, e pai da Igreja Presbiteriana e da Batista, escreveu em suas “Institutas”:
      A lei não sofreu nenhuma diminuição de sua autoridade e deve receber de nossa parte sempre o mesmo respeito e obediência.”Vol. 2. cap. 7, sec. 15. Grifos acrescentados.
  João Calvino também escreveu o seguinte em seu “Comentary on a Harmony of the Gospel”:
      “Não devemos supor que a vinda de Cristo nos tornou livres da autoridade da lei; pois ela é a norma eterna de uma vida devota e santa, e deve, portanto, ser tão imutável como a justiça de Deus, que a envolveu, é constante e uniforme.”Vol. 1, p. 277. Grifos acrescentados.
  Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé presbiteriana, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Presbiteriana?


—>
Igreja Batista

  Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo batista de renome, a resposta é a seguinte:
      “Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para aqueles que não estão mais sujeitos à lei.”Em “Teologia do Novo Testamento”, p. 473. Grifos acrescentados.
  Por seu turno, o fervoroso evangelista Dwight L. Moody acrescenta estes valiosos pensamentos:
      “Agora os homens podem cavilar como desejarem a respeito de outras partes da Bíblia, mas não encontrei jamais um homem honesto que encontrasse falta nos Dez Mandamentos. Os infiéis podem mofar o do Legislador e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos são corretos. (…) são para todas as nações, e permanecerão os mandamentos de Deus através de todos os séculos. Devem-se fazer as pessoas entenderem que os Dez Mandamentos ainda são obrigatórios, e que há uma penalidade ligada à sua violação.
      “Os mandamentos de Deus, dados a Moisés no monte, em Horebe, são tão obrigatórios hoje como o foram desde a sua proclamação aos ouvidos do povo. Os judeus diziam que a lei não foi dada na Palestina (a que pertencia a Israel), mas no deserto, porque a lei era para todas as nações.
      “Jesus jamais condenou a lei e os profetas, mas reprovou aqueles que não Lhe obedeciam. O fato de Ele haver dado novos mandamentos, não indica que abolisse os antigos. A interpretação deles por Cristo tornou-os ainda mais impressivos.”
    Em “Weighed and Wanting” (Pesado e achado em falta), p. 11–16. Grifos acrescentados.
  “Pelo fato de terem os cristãos maior luz, estão mais na obrigação de observar os preceitos da lei do que os demais”, salienta a “Sociedade de Publicações Batista” em seu Folheto n° 64, o qual declara:
      “Para provar que os Dez Mandamentos são obrigatórios, peça a qualquer pessoa que os leia, um por um, e pergunte a sua própria consciência se haveria pecado em transgredi-los. É isto, ou qualquer parte disto, a liberdade do evangelho? Toda consciência que não tiver cauterizada deve responder a esta pergunta com uma negativa. (…)
      “O Legislador e o Salvador são o mesmo; e os crentes devem estar de acordo tanto com o primeiro como com o último; mas, se menosprezarmos a lei que Cristo Se deleitou em honrar, e contestarmos nossa obrigação de a ela obedecer, como poderemos estar de acordo com Ele? Não somos antes daquele sentimento que é inimizade contra Deus, nem em verdade o pode ser? (…)
      “Se a lei não for uma norma de conduta para os crentes, e uma perfeita norma, eles não se acham sujeitos a nenhum padrão; ou, o que vem a ser a mesma coisa, estão sem lei. Mas, se é assim, não cometem nenhum pecado; pois ‘onde não há lei, não há transgressão’; e nesse caso, não tem nenhum pecado a confessar quer a Deus, quer mutuamente; e também não se acham necessitados de Cristo, como advogado para com o Pai, nem de perdão diário através de seu sangue. Assim, ao negar a lei, os homens destroem por completo o evangelho. Os crentes, portanto, em lugar de estarem isentos da obrigação de obedecer-lhe, acham-se sob maior obrigação de o fazer do que quaisquer homens do mundo. Estar isento disso é estar sem lei, e por conseguinte, sem pecado; neste caso poderíamos viver sem um Salvador, o que é completamente contrário à religião.”
    P. 2–6.
  Noutro sermão o grande evangelista Billy Graham prossegue:
      “Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial.” Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191. Grifos acrescentados.
  O príncipe dos pregadores batistas, Carlos H. Spurgeon, afirma o seguinte:
      “Se alguém me diz: ‘Eis que em substituição aos Dez Mandamentos recebemos dois, que são muito mais fáceis,’ responder-lhe-ei que essa versão da lei não é de maneira alguma mais fácil. Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esses dois preceitos abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos. Quaisquer dificuldades existentes nos mandamentos são igualmente encontradas nos dois, que lhes são a súmula e substância. Se amais a Deus de todo o vosso coração, torna-se-vos preciso observar a primeira parte (os primeiros quatros mandamentos); e se amais o próximo como a vós mesmos, precisais observar a segunda (os outros seis mandamentos).”Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 5. Grifos acrescentados.
  Na revista trimestral “Mensagem da Cruz”, da “Editora Betânia”, o Pastor George R. Foster escreve:
      “Vejamos o testemunho do Apóstolo Paulo: ‘Eu morri para a lei, a fim de viver para Deus.Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.’ Gl. 2:19,20
      “Primeiro, ele disse: ‘Eu morri para a lei.’ Com isso ele não quis dizer que a lei tinha morrido para ele mas que ele tinha deixado de observar as leis cerimoniais e que tinha deixado de confiar na Lei como fonte de salvação ou poder espiritual.
      “A lei de Deus não é anulada pelo evangelho: é cumprida e transcendida por ele. É bom lembrar que Jesus não veio revogar a Lei e, sim, cumpri-la (Mateus 5:17). Habitando em nós Jesus continuará cumprindo a Lei por nosso intermédio, natural e automaticamente. A Lei continua sendo nossa orientação moral, mas a grande finalidade dela é levar-nos a Cristo e à salvação.”
    Edição outubro-dezembro de 1986, em artigo intitulado “Viva o Evangelho de Cristo!”, p. 6–7.
  O Rev. Andrew Fuller, eminente ministro batista, conhecido como o “Franklin da teologia”, diz o seguinte:
      “Se a doutrina da expiação nos leva a alimentar idéias falsas com relação à Lei de Deus, ou a negar-lhe autoridade preceituaria, podemos estar certos de que ela não é a doutrina escriturística da reconciliação. A expiação relacionava-se com a justiça e esta com a lei ou a revelada vontade do Soberano, a qual fora violada; e a própria finalidade de expiação é restaurar a honra da lei. Se a lei, que foi transgredida, fosse injusta, em vez de ser providenciada uma expiação para o seu quebrantamento, deveria ela ter sido revogada, e o Legislador levado sobre Si a vergonha de havê-la ordenado. (…) É fácil notar, por conseguinte, que na proporção em que a lei é minimizada, e o evangelho é solapado, tanto a graça como a expiação são tornadas inúteis. É o uso abusivo da lei, ou o torná-la um meio de vida, em oposição ao evangelho — para o que ela jamais foi dada a uma criatura caída — o que as Escrituras Sagradas desaprovam; e não a lei como revelada vontade de Deus, o imutável padrão entre o direito de Deus, o imutável padrão entre o direito e o erro. Deste ponto de vista foi que os apóstolos nela se deleitaram; e se somos cristãos deleitar-nos-emos nela também, e não nos oporemos a estar sob ela como uma norma de dever; pois nenhum homem se opõe a ser governado pelas leis de que gosta.”Em “Atonement of Christ”. Ver “Works of Andrew Fuller”, p. 160–161.
  E o posicionamento oficial da Igreja Batista defendendo a vigência da Lei Moral:
      Para sempre a Lei Moral requer obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais. E isto não apenas por causa do assunto de que trata essa lei, mas, também, por causa da autoridade de Deus, o Criador, que a impôs. No evangelho, Cristo de modo nenhum dissolve a lei, antes confirma a sua obrigatoriedade.”Em “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689), art. XIX, tomo III e IV. Grifos acrescentados.
  Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé batista, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Batista?


—>
Igreja Congregacional

  Do artigo 21 de “Os Vinte e Oito Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo”, declaração de fé oficial da Igreja Congregacional, consta a seguinte afirmação, sob o título “Da Obediência dos Crentes”:
      “Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4–8.”Grifos acrescentados. Essa declaração de fé pode ser encontrada no web site oficial da denominação. Para visualizá-la, clique aqui.
  Jonathan Edwards, um grande pregador da Igreja Congregacional, e por algum tempo presidente da Universidade de Princeton, afirma:
      “Através da expiação de Cristo maior honra é concedida à lei, e, conseqüentemente, é ela mais estabelecida do que se houvesse sido executada literalmente e toda a humanidade condenada. Tudo o que concorre para maior engrandecimento da lei, contribui para estabelecer-lhe a autoridade.”Em “The Works of Jonathan Edwards”, ed. de 1842, vol. 2, p. 369.
  Trecho do hino nº 519 do “Hinário Salmos e Hinos”, utilizado pela Igreja Congregacional:
      “Salvação por homens dada, paz fingida, paz comprada, lei de Deus falsificada, tudo rejeitai! Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda a quem cumprir sem desistir”.
  Conforme foi visto acima, os congregacionalistas têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Depois de mostrarmos o ensinamento expresso em seu próprio hinário, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial das Igrejas Congregacionais?

[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]


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MensagemAssunto: CONTINUAÇÃO   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 13:26

[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]

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Igreja Luterana

  A posição oficial da Igreja Luterana pode ser expressada por um de seus catecismos mais conhecidos:
      “Conquanto aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e são sinceramente convertidos a Deus, estão mediante Cristo libertos da maldição e restrições da lei, não obstante não estão, nesse sentido, sem lei, uma vez que o Filho de Deus os redimiu para a razão mesma de que possam meditar sobre a Lei de Deus dia e noite, e continuamente exercitar-se em sua observância.”Extraído de “Fórmula de Concórdia”, art. 6. Grifos acrescentados.
  Martinho Lutero no “Prefácio à Epístola aos Romanos” declara o seguinte sobre o capítulo 6:
      “‘Ser sem lei’ não é o mesmo que não ter lei alguma e que se possa fazer o que apraz a cada um, senão que ‘estar debaixo da lei’ é quando, sem a graça, lidamos com as obras da lei. (…) A graça, porém, nos torna a lei agradável de sorte que não há mais pecado e a lei não está contra nós, mas em harmonia conosco.
      “Esta é a verdadeira liberdade do pecado e da lei… É uma liberdade de fazer apenas o bem com vontade e de viver corretamente sem a coação da lei. Por isso tal liberdade é uma liberdade espiritual, que não anula a lei, e sim oferece aquilo que é exigido pela lei”.
  E o que declara o famoso “Catecismo Menor” escrito pelo próprio Martinho Lutero:
    “23. Que espécies de leis deu Deus no Velho Testamento?
      “Três espécies: 1. A Lei Eclesiástica Cerimonial; 2. A Lei Civil; 3. A Lei Moral.
    “24. Qual destas leis está ainda em vigor?
      “A Lei Moral, a qual está contida nos Dez Mandamentos.
    “25. Pode esta lei ser abolida?
      “Não; pois ela está fundamentada sobre a natureza santa e justa de Deus.”
    Em “Epítome of Pontoppidan’s Explanation of Martin Luther’s Small Catechism” (1935), p. 6–7. Grifos acrescentados.
  O mesmo catecismo declara no final da parte “Os Dez Mandamentos”:
      “Deus ameaça castigar todas as pessoas que não cumprem estes mandamentos; por isso, devemos temer a Sua ira e não deixar de cumpri-los; mas Ele promete graça e todo o bem às pessoas que os praticam. Por isso, devemos amá-lo, confiar nEle e guardar os Seus mandamentos de boa vontade.”

      Até que ponto foi a lei ab-rogada. A Lei de Deus é, pois, ab-rogada na medida em que ela não mais nos condena, nem opera ira em nós. Estamos debaixo da graça e não debaixo da Lei. Além disso, Cristo cumpriu todas as formas da Lei. Daí, vindo o corpo, cessaram as sombras, de modo que agora em Cristo temos a verdade e toda a plenitude. Contudo, de modo nenhum rejeitamos por isso a Lei. Lembramo-nos das palavras do Senhor, que disse: ‘Não vim para revogar, vim para cumprir’ (Mat 5.17). Sabemos que na Lei nos são ensinados os padrões de virtudes e vícios. Sabemos que a Lei escrita, quando explicado pelo Evangelho, é útil à Igreja, e que, portanto, sua leitura não deve ser excluída da Igreja. E, embora a face de Moisés estivesse recoberta com um véu, no entanto o apóstolo diz que o véu foi retirado e abolido por Cristo.
      “As seitas. Condenamos tudo o que os heréticos, antigos e modernos, ensinaram contra a Lei.”
    Em “Confissão de Fé Helvética”, art. “Da Lei de Deus”. Grifos acrescentados.
  Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé luterana, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Luterana?


—>
Igreja Metodista

  Milhares e milhões de cristãos por todo o mundo têm honrado a memória de John Wesley, o grande reavivalista do século XVII e pai do metodismo. Esse grande reformador foi um dos que mais firmemente defendeu a observância da Lei de Deus:
      A Lei Moral, contida nos Dez Mandamentos, e realçada pelos profetas, Ele (Cristo) não aboliu. Sua vinda não teve como objetivo revogar qualquer parte dela. Esta é uma lei que jamais pode ser anulada, que permanece firme como ‘a testemunha do Céu’ (Sl. 89:37). A Lei Moral encontra-se em um fundamento inteiramente diferente da lei cerimonial ou ritual. (…) Todas as partes da lei (moral) devem permanecer em vigor em todo o mundo, e em todos os tempos; pois não dependem quer de tempo quer de lugar, ou de quaisquer circunstâncias sujeitas a mudanças, mas da natureza de Deus e do homem, e da sua imutável relação de um para com outro.”Em “The Works of the Rev. John Wesley”, A.M. (As obra do Rev. John Wesley, A.M.), Johnny Emory, ed. (New York: Eaton & Mains), sermão nº 25, vol. 1. p. 221. Ver também em “On the Sermon on the Mount”, dis. 6, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 75–76. Grifos acrescentados.
  O bispo metodista E. O. Haven, o qual por algum tempo foi presidente da Universidade de Michigan, em sua obra “Pillars of Truth”, declarou:
      Este Decálogo jamais pode tornar-se obsoleto. Ele foi destinado a todos os homens, e, obedecido, cumulará a todos os homens nobres e virtuosos de bênçãos imortais. É uma espécie de consagração dos ensinos morais da Bíblia.”P. 235. Grifos acrescentados.
  O grande reavivalista e reformador, pai do metodismo, John Wesley, ainda tem mais a dizer sobre o dever dos cristãos em observar a Lei de Deus, os Dez Mandamentos. Disse ele:
      “Entre os mais acérrimos inimigos do evangelho de Cristo, estão os que, aberta e explicitamente, ‘julgam a lei’ e ‘falam mal da lei’; aqueles que ensinam os homens a quebrar… não apenas um dos menores ou dos maiores mandamentos, mas todos os mandamentos de uma só vez; que ensinam, sem nenhum disfarce, em palavras como estas: ‘Que fez nosso Senhor com a lei? Ele a aboliu. Há apenas uma obrigação: a de crer…’ Isto é, na verdade, demolir enunciados com muita violência; é resistir nosso Senhor na cara e dizer-Lhe que Ele não soube dar a mensagem para a qual fora enviado. (…)
      “A mais surpreendente de todas as circunstancias, que acompanha este grande engano é que, aqueles que a ele se entregam, crêem realmente que honram a Cristo, ao Lhe destruírem a lei, e que estão magnificando o Seu serviço, ao passo que Lhe estão destruindo a doutrina! Na verdade, estes honram a Cristo exatamente como o fez Judas, quando disse: ‘Eu Te saúdo, Mestre, e O beijou.’ (…) Não é outra coisa senão traí-Lo com um beijo, falar de Seu sangue e arrancar-Lhe a coroa; considerar levianamente qualquer parte de Sua lei, sob o pretexto de fazer avançar o evangelho.”
    Em “Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, dis. 5, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 81–82. Também em “Works of Wesley” (edição de 1829), vol. 5, p. 311. Grifos acrescentados.
  Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição oficial da confissão de fé metodista, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Metodista? Conforme foi visto acima, não só seu fundador, John Wesley, mas também teólogos e autoridades atuais da denominação têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.


—>
Igreja Anglicana/Episcopal

  Vejamos o que ficou decidido no “Sínodo de Dort”, na parte referente a rejeição de erros:
      “Erro 4 — A nova aliança da graça, que Deus o Pai, mediante a morte de Cristo, estabeleceu com o homem, não consiste nisso que nós estamos justificados diante de Deus e salvos pela fé se ela aceita o mérito de Cristo. Ela consiste no fato de que Deus revogou a exigência de perfeita obediência à lei e considera agora a própria fé e a obediência de fé, ainda que imperfeitas, como a perfeita obediência à lei. Ele acha, em sua graça, que elas sejam dignas da recompensa da vida eterna.
      “Refutação — Os que ensinam isto contradizem a Escritura: ‘…sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé…’ (Rom 3:24, 25). Eles introduzem, junto com o ímpio Socino, uma nova e estranha justificação do homem diante de Deus, contrária ao consenso da Igreja inteira.”
    Em “Rejeição de Erros” do cap. 2 — “A Morte de Cristo e a Redenção do Homem por Meio Dela”.
  Podemos citar também o que declara o grande reformador escocês John Knox no documento oficial da denominação, capítulo 15, sob o título “A Perfeição da Lei e a Imperfeição do Homem”:
      Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna; (…) Mesmo depois de sermos regenerados… importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação… cumpramos a Lei em todos os pontos
      “Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei… mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta… dará à Lei a obediência que ela requer.”
    Em “Confissão de Fé Escocesa”. Grifos acrescentados.

      “As leis básicas de moralidade, e em particular os Dez Mandamentos, permanecem até o fim do tempo como o alicerce moral e espiritual sobre o qual se acha construída a religião do Novo Testamento.”
    Extraído de “The Snowden-Douglass Sunday School Lessons”, 1946, p. 279. Grifos acrescentados. Essa lição está à venda por $24.94. Para adquiri-la, clique aqui.
  Finalmente, vejamos a posição oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal, a qual se encontra em sua confissão de fé, os “Trinta e Nove Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra” (1571), documento confessional há séculos acatado não só por anglicanos ou episcopais, mas também por metodistas e metodistas livres, ao estipular em seu artigo 7, sobre a lei divina:
      “O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.”Ver também em “Constituição da Igreja Metodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website: http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
  Depois de mostrarmos na confissão de fé o posicionamento oficial anglicano ou episcopal, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal? Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da denominação têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.


—>
Igreja Católica

  Podemos encontrar a resposta a esta questão no “Primeiro Catecismo da Doutrina Cristã”, que diz o seguinte:
      “Sim. Somos obrigados a observar os mandamentos da lei de Deus, pois devemos respeitar a ordem que o Pai Celeste quis dar ao mundo. Basta pecar gravemente contra um só deles para merecermos o inferno.”P. 33–34. Grifos acrescentados.
  O Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, também responde muito bem essa pergunta no “Catecismo Romano”, onde lemos:
      “Dentre as razões que movem o coração do homem a cumprir os preceitos do Decálogo, sobressai, como o mais eficiente, o fato de ser Deus o autor dessa mesma lei. (…) Estava essa luz divina quase ofuscada por maus costumes e vícios inveterados entre os homens. Todavia, pela promulgação da Lei de Moisés, Deus não trouxe uma luz nova, mas deu antes maior fulgor à primitiva. É preciso explicar assim, para que o povo não se julgue livre do Decálogo, quando ouve dizer que a Lei de Moisés está ab-rogada.
      “Ainda mais. É absolutamente certo que não devemos cumprir esses preceitos, por ser Moisés que os promulgou, mas por serem inatos em todos os corações, e por terem sido explicados e confirmados por Cristo Nosso Senhor.”
    P. 399–400. Grifos acrescentados.
  Aí está! Não só a “Santa Madre Igreja” crê que o Decálogo está em vigor, mas incentiva a todos os fiéis para obedecê-los.

  Também o Pe. Júlio Maria adiciona mais alguma coisa ao que foi lido:
      “Os mandamentos, com o ensino moral, são eternos porque são a expressão da lei natural; e por isso Jesus Cristo não pode suprimi-los.”Em “Ataques Protestantes”, p. 98. Grifos acrescentados.
  Depois de mostrarmos o pensamento no próprio catecismo católico, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Católica?




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MensagemAssunto: Desde Quando Existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 14:07


DESDE QUANDO EXISTEM OS DEZ MANDAMENTOS, A LEI DE DEUS?


—> Assembléia de Deus

  Quem responde muito bem a esta pergunta, também, é o Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros. Ele diz:
      “Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio.”Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Presbiteriana

  Na confissão de fé presbiteriana, nós encontramos a seguinte declaração:
      “I. Deus deu a Adão uma lei como um pacto de obras. Por este pacto Deus o obrigou, bem como toda sua posteridade, a uma obediência pessoal, inteira, exata e perpétua; prometeu-lhe a vida sob a condição dele cumprir com a lei e o ameaçou com a morte no caso dele violá-la; e dotou-o com o poder e capacidade de guardá-la.
      “II. Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal, foi por Deus entregue no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos ensinam os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o próximo.”
    Cap. XIX da “Confissão de Fé de Westminster” (1647), cap. XIX. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Batista

  Podemos extrair o seguinte da “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689):
      “Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais… tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal”.Art. IV, tomo II. Grifos acrescentados.
  Da mesma confissão de fé, lemos:
      A mesma lei que uma vez foi inscrita no coração humano continuou a ser uma regra perfeita de justiça após a queda.”Art. XIX, tomo II.
  Vejamos o que o Dr. William C. Procter, erudito de maior gabarito, declara sobre essa questão da lei antes do Sinai:
      “Não deveríamos supor que os Dez Mandamentos eram disposições inteiramente novas quando foram proclamados no Sinai, pois a palavra hebraica torah é empregada em tais passagens anteriores do Velho Testamento como Gênesis 26:5; Êxodo 12:49; Gênesis 35:2; 13:9; 16:4, 28; 18:16, 20. [Gênesis 4:26; 14:22; 31:53 são citados para o princípio do terceiro; Gênesis 2:3 e Êxodo 16:22–30 para o quarto; Gênesis 9:6, para o sexto; e Gênesis 2:25 para o sétimo]. O decálogo pode, destarte, ser considerado a plena e solene declaração dos deveres que haviam sido mais ou menos revelados previamente, e essa enunciação pública teve lugar sob circunstâncias absolutamente singulares. É-nos dito que ‘as dez palavras’ foram pronunciadas pela própria voz de Deus (Êxo. 20:1; Deut. 5:4, 22–26); e duas vezes após escritas sobre tábuas de pedra com o dedo de Deus’ (Êxo. 2:12; 31:18; 32:16; 34:1, 28; Deut. 4:13; 5:22; 9:10; 10:1–4), assim apelando igualmente aos ouvidos, aos olhos, e realçando tanto sua suprema importância e permanente obrigação.”Em “Moody Bible Institute Monthly”, outubro de 1933.
  E o Pr. Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários teológicos batistas de grande projeção, em seu livro “Estudo no Livro de Êxodo”, registra estas palavras:
      “Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei, já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não existissem. (…) Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse.”P. 133. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Luterana

  Lutero nos fala através do que escreveu em “Epitome of Pontoppidan’s Explanation of Martin Luther’s Small Catechism”:
      “Como revelou Deus essa lei?
      “Por ocasião da criação Ele a escreveu no coração dos homens, e por isso é chamada a lei da natureza. Rom. 2:15.
      “Não revelou Deus a lei de alguma outra maneira?
      “Sim, Ele a deu no Monte Sinai, escrita sobre duas tábuas de pedra.”
    P. 7, ed. de 1935. Grifos acrescentados.
  E a “Confissão de Fé Helvética” completa a resposta:
      A lei natural. Esta lei foi escrita nos corações dos homens pelo dedo de Deus (Rom 2.15), e é chamada a lei natural; foi também esculpida pelo dedo de Deus nas duas tábuas de Moisés e mais pormenorizadamente exposta nos livros de Moisés (Êx 20.1 ss; Deut 5.6 ss).”

—>
Igreja Metodista

  O pai da Igreja Metodista, John Wesley, declara:
      A Lei Moral firma-se sobre um fundamento inteiramente diverso da Lei Cerimonial ou Ritual, que tinha o desígnio de servir para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz; enquanto esta (a Lei Moral) procede do princípio do mundo, sendo ‘escrita, não em tábuas de pedra’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador.”Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, dis. 5, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 81–82. Também em “Works of Wesley” (edição de 1829), vol. 5, p. 311. Grifos acrescentados.
  Aí está o testemunho do fundador da Igreja Metodista, alguém que estudou bastante o Livro de Deus. Pelo que lemos, não há nenhuma dúvida que os Dez Mandamentos foram dados a Adão no PRINCÍPIO DO MUNDO. Portanto, a resposta a esta pergunta deve ser: DESDE A CRIAÇÃO!


—>
Igreja Anglicana/Episcopal

  O “Sínodo de Dort” decidiu a seguinte posição oficial a respeito da origem do Decálogo:
      “4. É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior.
      “5. O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos”.
    Em “A Corrupção do Homem, a Sua Conversão a Deus e o Modo Dela”, caps. 3 e 4. Grifos acrescentados.


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MensagemAssunto: Para que Serve a Lei de Deus, os Dez Mandamentos?   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 14:41


PARA QUE SERVE A LEI DE DEUS, OS DEZ MANDAMENTOS?


—> Assembléia de Deus

  O Pr. Harold J. Brokke dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
      “Nós não podemos compreender a salvação sem entender a Lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.”Em “Prosperidade Pela Obediência”, p. 14–17.
  Também da Assembléia de Deus, o Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros, registrou estas palavras sobre o Decálogo:
      “Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos.”Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198.
  O Pr. Emílio Conde, pentecostal, afirma o seguinte:
      “A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. Êxo. cap. 20. E essa Lei deveria ser observada, cumprida rigorosamente — e até aos nossos filhos a deveríamos fazer conhecer. Deut. 6: 1–13. A Palavra de Deus é, sob certos aspectos, autoritária! Ela nos fala de modo imperativo.”Em “Lições Bíblicas”, 07/12/1966, p. 12.
  Tendo consciência da necessidade do homem com relação ao cuidado e proteção de Deus, o Pr. Myer Pearlman, atrás referido, escreveu:
      “Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.”Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 91.
  Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlos Johansson declarou o seguinte:
      “O decálogo — o fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.”Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 116.
  Resumindo o que esses líderes assembleianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
 —> compreendermos a salvação,
 —> revelar a vontade de Deus,
 —> fazer os homens sentirem necessidade de Cristo,
 —> saber o que é o pecado,
 —> ser como cerca protetora do perigo e
 —> ser a condição de vida e felicidade.

  Todas estas coisas são muito boas razões para um cristão obedecer ao Senhor! Além de tudo, estão de acordo com a Palavra de Deus.


—>
Igreja Presbiteriana

  O “Catecismo Maior” apresenta uma resposta muitíssimo apropriada:
      A Lei Moral é de utilidade a todos os homens, para os instruir sobre a natureza e vontade de Deus e sobre os seus deveres para com Ele, obrigando-os as andar conforme a essa vontade; (…) aos homens não regenerados para despertar as suas consciências a fim de fugirem da ira vindoura e forçá-los a recorrer a Cristo; (…) aos que são regenerados e crentes em Cristo… para lhes mostrar quanto devem a Cristo por cumpri-la e sofrer a maldição dela, e para bem deles, e assim provocá-los a uma gratidão maior e a manifestar esta gratidão por maior cuidado da sua parte em conformarem-se a esta lei, como regra de sua obediência.Respostas 95–97, p. 94–95. Grifos acrescentados.
  O Dr. Albert Barnes, respeitado teólogo e comentarista presbiteriano, assim argumenta sobre Romanos 7:13:
      “E observe-se que a lei não atingiu essa finalidade meramente entre os judeus, nos dias dos apóstolos; ela é igualmente necessária para os gentios, até à hora presente. Nem verificamos que o verdadeiro arrependimento ocorre onde a Lei Moral não é pregada nem apresentada com insistência. Os que só pregam o evangelho aos pecadores, na melhor das hipóteses só curam superficialmente a ferida da filha do Meu povo.”
  Resumindo o que esses líderes presbiterianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
 —> instruir sobre a natureza e vontade de Deus,
 —> instruir sobre nosso dever para com Deus,
 —> despertar a consciência para fugirmos da ira vindoura,
 —> forçar-nos a recorrer a Cristo,
 —> mostrar o quanto devemos a Jesus,
 —> provocar uma manifestação de gratidão e
 —> ser regra de conduta cristã.


—>
Igreja Batista

  William Carey Taylor, Doutor em Teologia, professor de seminário batista por muitos anos, e grande escritor, responde a esta pergunta da seguinte forma:
      “Seria uma bênção se cada púlpito no mundo trovejasse ao povo a voz divina do Decálogo, pois a Lei é aio [mestre, guia] para guiar a Cristo.”Em “Os Dez Mandamentos”, p. 5.
  Por seu turno, o teólogo batista Pr. Nilson do Amaral Fanini, pregador do programa de televisão “Reencontro”, escreveu o seguinte:
      “Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo. (…) Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis divinas que regem a conduta moral.”Em “Dez Passos Para Uma Vida Melhor”, p. 18–19.
  Falando de como tratar os “que não sentem os seus pecados” nem “têm profunda convicção de culpa”, Dwight L. Moody, em seu sermão “Apelos e Orações”, dá o seguinte conselho a respeito da Lei de Deus:
      “Fazei tão-somente que a Lei de Deus opere em tais pessoas, e as mostre a si próprias como realmente são. (…) Não busqueis curar a ferida antes de o ferimento ser sentido. Não procureis ministrar o consolo do evangelho sem que vossos conversos vejam que pecaram — vejam-no e também o sintam.”
  Carlos H. Spurgeon, o grande pregador batista, declara:
      “Para que existe a Lei de Deus? Para a guardarmos a fim de sermos salvos por ela? De maneira nenhuma. Foi-nos dada com o fim de mostrar-nos que não podemos ser salvos pelas obras, e limitarmos a ser salvos pela graça. Mas se presumis que a lei está alterada para que o homem a possa observar, deixai-lhe a sua velha esperança legal, e ele está certo de poder a ela apegar-se. Necessitais duma lei perfeita que mantenha o homem, quando apartado de Cristo, em estado de desesperança, ponha-o numa jaula de ferro, feche-o a cadeado e não lhe ofereça escape algum senão o da fé em Cristo; então se porá a gritar: ‘Senhor, salva-me pela graça, pois percebo que não me posso salvar por minhas próprias obras.’ E assim é que S. Paulo o apresenta aos Gálatas: ‘A Escritura incluiu a todos sob o pecado, para que a promessa pela fé de Jesus Cristo pudesse ser concedida aos que crêem. Mas antes de vir a fé, éramos mantidos sob a lei, retidos dentro da fé que depois se revelaria. Por essa causa a lei era nosso aio para conduzir-nos a Cristo, a fim de sermos justificados pela fé.’ Digo-vos que, pondo de parte a lei, despojastes o evangelho de seu auxiliar mais competente. Tirastes dela o aio que leva os homens a Cristo. Eles nunca aceitarão a graça sem que tremam perante uma lei justa e santa. Por conseguinte, a lei serve ao mais necessário e bendito propósito, e não deve ser removida do lugar que ocupa.”Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 10–11. Grifos acrescentados.
  Resumindo o que esses líderes batistas disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
 —> conduzir a Cristo,
 —> nos manter em paz com Deus,
 —> servir como regentes da nossa conduta moral,
 —> cumprir nosso dever perante Deus,
 —> expressar a vontade de Deus e
 —> ser regra de conduta, mesmo para os que foram justificados, etc.


—>
Igreja Luterana

  O Reformador e grande campeão da doutrina de justificação pela fé, Martinho Lutero, em seu documento “Um Tratado Contra os Antinomistas” escrito em forma de carta a seu particular amigo Gasper Guttil, claramente se refere entre os primeiros parágrafos à “lei moral, ou dez mandamentos”, mais adiante referindo-se a esses negadores da validade do Decálogo como normativo aos cristãos como “novos espíritos… que se empenham em lançar a lei de Deus, ou os dez mandamentos, fora da Igreja”.

  Pouco adiante ele se refere novamente a certo opositor que “escreveu contra a Lei Moral, ou Dez Mandamentos; professando ser do mesmo julgamento que nós aqui em Wittenberg, como também em Augsburgo, segundo o teor de nossa Confissão e Apologia submetida ao Imperador; e se daqui em diante ele sustentar ou ensinar o contrário, ele deseja que me pronuncie no sentido de que os mesmos estão anulados e condenados. Eu não consigo encontrar meios de sentir como poderia ele chegar a tão grande baixaria…”.

  Alguns parágrafos abaixo, continua Lutero:
      “Verdadeiramente, admiro-me muitíssimo como se chegou a imputar-me que eu rejeitaria a Lei ou os Dez Mandamentos, já que existem tantas de minhas próprias exposições (e de várias modalidades) sobre os mandamentos, os quais são também diariamente expostos e empregados em nossas igrejas, para nada dizer da Confissão e da Apologia, e outros de nossos livros. E a isso se acrescente o costume que temos de cantar os mandamentos em duas diferentes canções; além de pintura, impressão, talhas e repetição deles pelas crianças, tanto de manhã, quanto ao meio-dia, e à tardinha; (…) e eu próprio, ainda que já velho, costumo recitá-los diariamente, feito uma criança, palavra por palavra”.Em “Wider die Antinomer” (contra os antinomistas), secs. 6 e 8, em seus “Sämsmtliche Schriften” (Escritos Coletados), ed. Por Johann George Walck, vol. 20 (St. Louis, Concordia, 1890), col. 1613 e 1614. Também em “Agaist the Antinomians”, trad. de “Luther’s Work” (ed. de Weimar), vol. 50, p. 171–470.
  Mais adiante, retoricamente até exemplifica o que alguém poderia dizer: “O quê? O bom Dr. Lutero incentiva tão ardorosamente o (aprendizado dos) Dez Mandamentos e, contraditoriamente, ensina que devem ser rejeitados?”

  E prossegue:
      “Verdadeiramente, tenho ensinado e ainda ensino que os pecadores devem ser levados ao arrependimento pela pregação e ponderação dos sofrimentos de Cristo, para que possam ver quão grande ira tem Deus pelo pecado. E este não pode ser expiado senão pela morte do Filho de Deus (…). Mas como se admitiria daí que, com isso, a lei deve ser removida? (…) pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei? Quem quer que ab-rogue a lei, deve forçosamente ab-rogar também o pecado.”Idem.
  E na “Life of Luther” (vida de Lutero), de M. Michelet, o grande reformador é citado como havendo dito:
      “Aquele que invalida a doutrina da lei, anula ao mesmo tempo a ordem política e social. Se eliminardes a lei da igreja, nenhum pecado poderá ser mais reconhecido como tal no mundo; pois o evangelho só define e pune o pecado em conexão com a lei.”Liv. 5, cap. 4, trad. de Hazlitt (ed. 2), p. 315. Grifos acrescentados.
  A “Confissão de Fé Helvética” ainda declara:
      A vontade de Deus nos é exposta na lei de Deus. Ensinamos que a vontade de Deus nos é exposta na Lei de Deus: o que ele quer ou não quer que façamos, o que é bom e justo, ou o que é mau e injusto. Portanto, confessamos que a Lei é boa e santa. (…)
      “Porque foi dada a lei. Ensinamos que esta Lei não foi dada aos homens para que fôssemos justificados pela sua observância, mas antes para que, pelo seu ensino, conhecêssemos nossa fraqueza, nosso pecado e condenação e, perdendo a confiança em nossas forças, nos convertêssemos a Cristo pela fé. O apóstolo diz claramente: ‘A Lei suscita a ira’; ‘pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado’ (Rom 4.15; 3.20); ‘porque, se fosse promulgada uma Lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade seria procedente da Lei; mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que mediante a fé em Jesus Cristo fosse a promessa concedida aos que crêem… De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé’ (Gal 3.21 ss).”
    Em “Da Lei de Deus”.
  Resumindo o ensinamento luterano sobre a lei, é declarado que os mandamentos de Deus servem, dentre outros, para:
 —> impultar o pecado,
 —> fazer-nos reconhecer o pecado,
 —> manter a ordem,
 —> reveler a vontade de Deus,
 —> mostrar-nos o que é justo e
 —> conduzir-nos no que devemos fazer.




Última edição por em 12/23/2007, 07:01, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Existe Diferença entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 15:18


EXISTE DIFERENÇA ENTRE A LEI MORAL E A LEI CERIMONIAL?


  Às vezes, encontramos nas Escrituras Sagradas algumas afirmações que parecem se contradizer. Uma hora ela fala que a lei é eterna e não pode ser abolida; outra hora, que a lei passou. A que se deve essa aparente confusão? E como oficialmente as diversas denominações cristãs têm interpretado a questão da divisão de leis?

  A cristandade, em seus mais variados ramos denominacionais, nunca teve em seu conceito a inexistência da divisão de leis, que a lei é supostamente “una”, que não há preceits de caráter moral, cerimonial, civil ou que os Dez Mandamentos não têm nada a ver com a Lei de Cristo nem com os princípios de “amar a Deus sobre todas as coisas” e “ao próximo como a ti mesmo”, apenas por tais dizeres simplesmente nem aparecerem nas tábuas da lei.

  De tudo que está registrado, veremos que a posição oficial expressa nos documentos confessionais cristãos históricos é que a lei divina nas Escrituras se apresenta, dentre outras formas, em:
 —> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
 —> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
Sendo que a parcela cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na cruz, mas os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os cristãos, devido a sua natureza eterna. Fato esse reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes confissões. Isso sim é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a cristandade, e não somente “aparece na teologia adventista”, como alegam alguns mal-intencionados, tola e estupidamente dizendo que essa classificação de leis só é feita “para salvar a guarda do sábado”.


—>
Assembléia de Deus

  Eis um comentário bíblico muito usado nos meios pentecostais, cujas “notas e comentários são de inteira responsabilidade da Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (p. IV), que nos responde a questão com esta clara definição:
      “Se Jesus não veio abolir a lei, todas as leis do A.T. ainda se aplicam a nós hoje? É preciso lembrar que havia três categorias de leis: a cerimonial, a civil e a moral.
      “(1) A Lei Cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração — amar e adorar a Deus Santo — ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.
      “(2) A Lei Civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronômio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.
      “(3) A Lei Moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Êxodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à Lei Moral.”
    Extraído de “Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal”, p. 1224 do Novo Testamento. Ver comentário sobre Mateus 5:17. Tradução de Almeida. CPAD — “Casa Publicadora das Assembléias de Deus”. Grifos acrescentados.
  O Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros, nos apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:
      “Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso. (…) As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.”Em “Marcos: O Evangelho do Senhor”, p. 38–39. Grifos acrescentados.
  E o Pr. Antonio Gilberto, também da Assembléia de Deus, confirma:
      “A parte moral da lei é eterna e universal”.Em “Manual da Escola Dominical”, p. 86.

—>
Igreja Presbiteriana

  O erudito bíblico John D. Davis, autor presbiteriano de um dos mais famosos dicionários bíblicos que já alcançou várias edições, assegura:
      Os Dez Mandamentos, sendo a lei fundamental e sumária de toda moral, permanecem firmes; baseiam-se na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra. A respeito do quarto mandamento, disse Jesus: ‘O sábado foi feito para o homem’; segue-se, pois, que a lei permanece em toda sua força enquanto o homem existir sobre a terra.
      “A Lei Cerimonial a que se refere a Carta aos Hebreus 8:7, como o primeiro pacto, ela a declara como antiquada e prestes a perecer, v.13 comparar com os caps. 8 a 10. O apóstolo não julgou necessário obrigar a ela os gentios, atos 15:23–28. Tinha função transitória, apontando para cristo, nosso sumo pontífice por meio de seu sacerdócio, de seus sacrifícios, de suas cerimônias e de seus símbolos. Chegado que foi o antítipo, cessaram de uma vez os tipos, sem contudo perder de vista a importância que eles tem em todas as idades futuras.”
    Em “O Novo Dicionário da Bíblia”, p. 356–357. Grifos acrescentados.
  Vejamos qual a posição oficial presbiteriana encontrada na “Confissão de Fé de Westminster”:
      “III. Além dessa lei (os Dez Mandamentos), geralmente chamada Lei Moral, foi Deus servido dar ao seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a sua tutela, leis cerimoniais que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as suas graças, os seus atos, os seus sofrimentos e os seus benefícios, e em parte representam várias instruções de deveres morais, estão todas ab-rogadas sob o Novo Testamento.
      “IV. A esse mesmo povo, considerado como um corpo político, Deus deu leis civis que terminaram com aquela nacionalidade, e que agora não obrigam além do que exige a sua eqüidade geral.”
    Em “Confissão de Fé de Westminster” (1647), cap. XIX. Grifos acrescentados.
  O Dr. Albert Barnes, respeitado comentarista presbiteriano, em seu comentário sobre Mateus 5:18 e 19, declara:
      As leis dos judeus estavam geralmente divididas em morais, cerimoniais e judiciais. As leis morais são aquelas que emanam da natureza das coisas, que não podem, por conseguinte, ser mudadas — tais como o dever de amar a Deus e Suas criaturas. Estas não podem ser abolidas, pois jamais poderá ser correto odiar a Deus ou aos nossos semelhantes. Dessa natureza são os Dez Mandamentos; e estes, nosso Salvador não aboliu nem suprimiu.
      “As leis cerimoniais são as determinadas para atender a certos estados da sociedade, ou regulamentar ritos religiosos e cerimônias do povo. Estas poderão ser mudadas quando mudarem as circunstâncias, e não obstante, a Lei Moral permanece inalterável.
      “Aprendemos, portanto: 1. Que toda a Lei de Deus é obrigatória para os cristãos. (Comparar com S. Tiago 2:10). 2. Que todos os mandamentos de Deus devem ser ensinados, em seu lugar apropriado, pelos ministros cristãos. 3. Que aqueles que pretendem que haja leis de Deus tão pequenas que não precisem obedecer-lhes, são indignos de Seu reino. 4. Que a verdadeira piedade demonstra respeito para com todos os mandamentos de Deus. (Comparar com Salmos 119:6).”
    Em “Notes, Explanatory and Practical on the Gospel” (1860), vol. 1, p. 65–66. Grifos acrescentados.
  E eis a excelente exposição do ministro presbiteriano Mauro Fernando Meister:
      “Quanto à aplicação da Lei, devemos exercitar a seguinte compreensão:
      “(a) A Lei Civil tinha a finalidade de regular a sociedade civil do estado teocrático de Israel. Como tal, não é aplicável normativamente em nossa sociedade. (…)
      “(b) A Lei Religiosa (Cerimonial) tinha a finalidade de imprimir nos homens a santidade de Deus e apontar para o Messias, Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal, foi cumprida com sua vinda. (…)
      “(c) A Lei Moral tem a finalidade de deixar bem claro ao homem os seus deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a discernir entre o bem e o mal. Como tal, é aplicável em todas as épocas e ocasiões. (…)
      “Assim sendo, é fundamental que, ao ler o texto bíblico, saibamos identificar a que tipo de lei o texto se refere e conhecer, então, a aplicabilidade dessa lei ao nosso contexto. As leis civis e cerimoniais de Israel não têm um caráter normativo para o povo de Deus em nossos dias, ainda que possam ter outra função como, por exemplo, ensinar-nos princípios gerais sobre a justiça de Deus. Portanto, a lei que permanece ‘vigente’ em nossa e em todas as épocas é a Lei Moral de Deus. Ela valeu para Adão assim como vale para nós hoje”.
    Grifos acrescentados.

—>
Igreja Batista

  Eis as seguintes declarações de um teólogo batista que muito estudou a Bíblia:
      “Jesus não deu um novo código moral. Ele não foi um segundo Promulgador de leis, como Moisés. Ele era muito superior, e Seus ensinos morais situam-se num plano muito mais elevado do que os de Moisés. Ele não Se preocupava tanto com enunciar regras detalhadas para regular a vida moral, e sim em enunciar princípios eternos pelos quais os homens deviam viver sob Deus e em falar sobre motivos e propósitos que deviam governar todos os nossos atos.
      “Jesus não concedeu um novo código, mas também não disse que os ensinamentos do Velho Testamento estavam suspensos. As leis cerimoniais e ritualísticas do Velho Testamento foram ab-rogados para o cristão, mas não os Dez Mandamentos.”
    J. Philip Hyatt, “The Teacher” (publicação batista), outubro de 1943, vol. 57, nº 10, p. 5.
  O renomado teólogo batista Weldon E. Viertel afirma o seguinte quanto à divisão de leis:
      A Lei pode ser dividida em três tipos: cerimonial, civil e moral. (…) De acordo com o livro de Hebreus, as leis cerimoniais eram sombras de Cristo. A sombra foi substituída pela realidade de Cristo e Seu ato redentor. As leis cerimoniais foram cumpridas; portanto, a Igreja não observa as leis sacrificiais e os festivais. As leis cerimoniais foram aplicadas a Cristo, em grande parte pelo uso da tipologia.
      “… A Lei Moral continua efetiva; todavia, Cristo deu-lhe outro nível de sentido e aplicação. Lidou com a raiz das atividades éticas, incluindo atividades e motivos (o coração do homem).”
    Em “A Interpretação da Bíblia”, p. 194.
  O Pr. Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários teológicos batistas de grande projeção, registra estas palavras:
      O concerto divide-se em três partes: Lei Moral ou os Dez Mandamentos (20:1–17); Lei do Altar ou Cerimonial, meio de aproximação a Deus (20:22–26 e o livro de Levítico); e Lei Civil (21:1–23:19).”Em “Estudo no Livro de Êxodo”, p. 131. Grifos acrescentados.
  Veja o que se encontra no próprio “Catecismo da Doutrina Batista”:
      Todos nós temos a obrigação de cumprir a Lei Moral… que é a que nos prescreve as obrigações para com Deus e o próximo. (…) A lei se acha expressa com maior minuciosidade nos Dez Mandamentos, dados por Deus a Moisés no Sinai.”Por Pr. W. D. T. MacDonald, p. 28–29. Grifos acrescentados.
  E a posição oficial batista, extraída da Confissão de Fé de Londres (1689):
      “Além desta lei (os Dez Mandamentos), comumente chamada de Lei Moral, Deus houve por bem dar leis cerimoniais ao povo de Israel, contendo diversas ordenanças simbólicas: em parte, de adoração, prefigurando Cristo, as suas graças, suas ações, seus sofrimentos, e os benefícios que conferiu; e, em parte, estabelecendo várias instruções de deveres morais.
      “As leis cerimoniais foram instituídas com vigência temporária, pois mais tarde seriam ab-rogadas por Jesus, o Messias e único Legislador, que, vindo no poder do Pai, cumpriu e revogou essas leis.
      “Deus também deu diversas leis judiciais ao povo de Israel, que expiraram juntamente com o antigo Estado de Israel e agora não possuem caráter obrigatório”
    Art. XIX, tomo III e IV. Grifos acrescentados.


[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]



Última edição por em 1/19/2008, 01:24, editado 4 vez(es)
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MensagemAssunto: CONTINUAÇÃO   A Cristandade e a Lei de Deus Empty11/27/2007, 15:19

[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]

—>
Igreja Luterana

  Diz a “Confissão de Fé Helvética”:
      “Para maior clareza, distinguimos: a Lei Moral contida no Decálogo ou nas duas Tábuas e expostas nos livros de Moisés; a Lei Cerimonial, que determina as cerimônias e o culto de Deus; e a Lei Judiciária, que versa questões políticas e domésticas.”Em “Da Lei de Deus”.
  A posição oficial da Igreja Luterana pode ser exposta nas palavras de um dos seus catecismos mais conhecidos:
    “23. Que espécies de leis deu Deus no Velho Testamento?
      “Três espécies: 1. A Lei Eclesiástica Cerimonial; 2. A Lei Civil; 3. A Lei Moral.
    “24. Qual destas leis está ainda em vigor?
      “A Lei Moral, a qual está contida nos Dez Mandamentos.
    “25. Pode esta lei ser abolida?
      “Não; pois ela está fundamentada sobre a natureza santa e justa de Deus.”
    Em “Epítome of Pontoppidan’s Explanation of Martin Luther’s Small Catechism” (1935), p. 6–7. Grifos acrescentados.
  Vejamos o que as autoridades luteranas declaram sobre o catecismo que acabamos de citar acima:
      “Catecismo Menor — É um livro… escrito pelo Doutor Martinho Lutero em 1529. O Catecismo Menor contém as partes principais da doutrina cristã. São elas: Os Dez Mandamentos; O Credo (Apostólico); O Pai Nosso; O Sacramento do Santo Batismo; (…) Estas doutrinas foram tiradas da Escritura Sagrada.”Em “História das Confissões Luteranas”, art. 4. Grifos acrescentados. Esse catecismo pode ser encontrado no seguinte web site: http://www.textosdareforma.net/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=22&mode=thread&order=0&thold=0 (acessado a 22/09/2007).

—>
Igreja Metodista

  John Wesley nos respondeu sua firme posição nos “Trinta e Nove Artigos de Religião” (1571), documento confessional há séculos acatado não só por metodistas, mas também por metodistas livres, episcopais e anglicanos, ao estipular em seu artigo 7, sobre a lei divina:
      “O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.”Ver também em “Constituição da Igreja Metodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website: http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
  Posição confirmada por outro documento oficial da denominação, o “Catechism” da Igreja Metodista, números 1 e 2, onde encontra-se este ensinamento catequético:
      “Pergunta: Que requer do homem?
      “Resposta: Obediência a Sua vontade revelada.
      “Pergunta: Qual é a norma de nossa obediência?
      “Resposta: A Lei Moral.
      “Pergunta: Onde é a Lei Moral apresentada?
      “Resposta: Nos Dez Mandamentos.
      “Pergunta: Estão todos os cristãos sob a obrigação de guardar a lei?
      “Resposta: Sim”
    N° 1, p. 18; n° 2, p. 38. Grifos acrescentados.
  E no “Buck’s Theological Dictionary”, usado muito por metodistas e episcopais ou anglicanos, em seu artigo sobre a “Lei”, há estas afirmações:
      A Lei Moral é aquela declaração da vontade de Deus que orienta e obriga moralmente a todos os homens, em todas as épocas e em todos os lugares, em seu inteiro dever para com Ele. Ela foi solenissimamente proclamada pelo próprio Deus no Sinai. (…) É chamada perfeita (Sl. 19:7), perpétua (Mt. 5:17 e 18), santa, boa (Rm. 7:12), espiritual (Rm. 7:14), amplíssima (Sl. 119:96).”P. 230.

—>
Igreja Congregacional

  O capítulo 24 de “Os Vinte e Oito Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo” tem por título “Da Lei Cerimonial e dos Ritos Cristãos” e declara o seguinte:
      “Os ritos judaicos, divinamente instruídos pelo ministério de Moisés, eram sombras de bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram. Os ritos cristãos são somente dois: o batismo d’água e a Ceia do Senhor.”
  A “Declaração de Savóia” contém a mesma “Confissão de Fé de Westminster” que declara:
      “III. Além dessa lei (os Dez Mandamentos), geralmente chamada Lei Moral, foi Deus servido dar ao seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a sua tutela, leis cerimoniais que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as suas graças, os seus atos, os seus sofrimentos e os seus benefícios, e em parte representam várias instruções de deveres morais, estão todas ab-rogadas sob o Novo Testamento.
    Hb.10:1; Gl.4:1–3; Cl.2:17; Êx.12:14; I Co.5:7; II Co.6:17; Cl.2:14,16–17; Ef.2:15–16.
      “IV. A esse mesmo povo, considerado como um corpo político, Deus deu leis civis que terminaram com aquela nacionalidade, e que agora não obrigam além do que exige a sua eqüidade geral.
    Êx.21:1–36,22:1–29; Gn.49:10; Mt.5:38–39.”
    Cap. XIX. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Anglicana/Episcopal

  No “Buck’s Theological Dictionary”, usado muito por metodistas e episcopais ou anglicanos, em seu artigo sobre a “Lei”, há estes afirmações:
      A Lei Moral é aquela declaração da vontade de Deus que orienta e obriga moralmente a todos os homens, em todas as épocas e em todos os lugares, em seu inteiro dever para com Ele. Ela foi solenissimamente proclamada pelo próprio Deus no Sinai. (…) É chamada perfeita (Sl. 19:7), perpétua (Mt. 5:17 e 18), santa, boa (Rm. 7:12), espiritual (Rm. 7:14), amplíssima (Sl. 119:96).”P. 230. Grifos acrescentados.
  E direto da lição da escola dominical da denominação, podemos extrair o seguinte:
      A Lei Moral é parte da lei natural do Universo. Justamente como uma lei natural violada, no mundo material, traz suas conseqüências inevitáveis, assim a Lei Moral transgredida traz suas inevitáveis conseqüências nos mundos espiritual e mental.”Extraído de “The Episcopal Church Sunday School Magazine” (Revista da Escola Dominical), junho-julho de 1942, p. 183-184. Grifos acrescentados.

—>
Igreja Católica

  Vamos atentar para o que escreveu o erudito Pe. Júlio Maria, esclarecendo o problema:
      “Os preceitos do Antigo Testamento dividem-se em três gêneros:
      “1º Os preceitos morais, que prescrevem aos homens os seus deveres para com Deus e para com o próximo.
      “2º Os preceitos cerimoniais, que indicam os ritos exteriores e as cerimônias que os judeus deviam seguir no culto divino.
      “3º Os preceitos judiciais, que determinam o modo de administrar a justiça ao povo.
      “Destes três gêneros de preceitos, só o primeiro fica em pé, integralmente; os outros preceitos só têm o valor que lhes comunica a palavra de Jesus Cristo.
      “A lei antiga, na sua parte cerimonial, era apenas uma figura da nova lei, e é por isto que cessou, desde que foi promulgada a lei nova.”
    Em “Ataques Protestantes”, p. 96–97. Grifos acrescentados.
  Segundo os católicos, os preceitos morais permanecem; os cerimoniais, eram uma figura, “sombra dos bens futuros”, e foram substituídos pela Realidade: Cristo; e os judiciais, só existiram enquanto havia a nação de Israel como uma teocracia (governada por Deus)! E os dez mandamentos morais tratam do amor a deus e do amor ao próximo.


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