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 A Igreja Anglicana, a Lei e o Sábado

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Marllington Klabin Will
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MensagemAssunto: A Igreja Anglicana, a Lei e o Sábado   A Igreja Anglicana, a Lei e o Sábado Empty10/3/2007, 17:09


A IGREJA ANGLICANA, A LEI E O SÁBADO
Por Marllington Klabin Will
A Igreja Anglicana é a denominação estabelecida oficialmente na Inglaterra e é o tronco principal da “Comunhão Anglicana Mundial”, do qual a Igreja Episcopal faz parte. Basicamente a diferença entre estas igrejas está na administração que, por convenção, denomina a igreja na Inglaterra de “anglicana” e no restante do mundo de “episcopal”. Mas quanto ao título de fundador da Igreja Anglicana ou Episcopal, pode ser atribuído ao rei Henrique VIII, pois em 1534, por interesses pessoais e políticos, ele separou oficialmente a Igreja da Inglaterra definitivamente da Igreja Católica, valendo-se da questão de que o Papa (por motivos políticos) negou seu pedido de divórcio com Catarina de Aragão, filha de Fernando II, que era rei da Espanha, a maior potência guardiã do catolicismo naquela época.

Quanto a fé, a ordem e as práticas anglicanas estão expressas no “Livro de Oração Comum”, nos “Ordinais” dos séculos XVI e XVII, nos “Trinta e Nove Artigos de Religião”, que contém o sumário da fé anglicana e mais resumidamente no “Quadrilátero de Lambeth-Chicago de 1886–1888” como sendo um documento onde se resumem os pontos de unidade fundamentais do anglicanismo histórico em relação às demais denominações cristãs, com o cunho de estabelecer os princípios pelos quais o anglicanismo busca a unidade da denominação.


O QUE A IGREJA ANGLICANA DIZ SOBRE A LEI E O SÁBADO?
Veremos no presente artigo, baseado em documentos oficiais, credos, catecismos e confissões de fé, qual o posicionamento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal frente à questão da lei e do sábado. Ao contrário do que pensam alguns anglicanos e episcopais mal-informados de sua própria doutrina, é fato que seus líderes e autoridades, teólogos de maior gabarito, professores, ilustres evangelistas, pastores e famosos escritores concordam com os adventistas e demais cristãos observadores do sábado quanto à validade deste e de todos os mandamentos do Decálogo como regra de prática e conduta para o cristão. Inclusive é a mesma posição bíblica ensinada oficialmente há séculos pelas demais denominações cristãs, como luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas, congregacionalistas, assembleianos, católicos, mórmons, etc.

É verdade que quando esses mesmos autores anglicanos tratam de “sábado”, pretendem reinterpretar o quarto mandamento como agora se aplicando ao primeiro dia da semana, supostamente devido à ressurreição de Cristo. Então, estão certos e de acordo quanto à validade e vigência de todos os mandamentos do Decálogo e das origens edênicas do princípio sabático, porém estão equivocados ao acharem que o domingo tomou o lugar do sábado, uma informação que não consta de parte alguma da Bíblia.

Vejamos agora como os anglicanos e episcopais respondem oficialmente às nossas perguntas.


1) A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, estão vigentes para o cristão?

Vejamos o que ficou decidido no “Sínodo de Dort”, na parte referente a rejeição de erros:
    “Erro 4 — A nova aliança da graça, que Deus o Pai, mediante a morte de Cristo, estabeleceu com o homem, não consiste nisso que nós estamos justificados diante de Deus e salvos pela fé se ela aceita o mérito de Cristo. Ela consiste no fato de que Deus revogou a exigência de perfeita obediência à lei e considera agora a própria fé e a obediência de fé, ainda que imperfeitas, como a perfeita obediência à lei. Ele acha, em sua graça, que elas sejam dignas da recompensa da vida eterna.
    “Refutação — Os que ensinam isto contradizem a Escritura: ‘…sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé…’ (Rom 3:24, 25). Eles introduzem, junto com o ímpio Socino, uma nova e estranha justificação do homem diante de Deus, contrária ao consenso da Igreja inteira.”
    Em “Rejeição de Erros” do cap. 2 — “A Morte de Cristo e a Redenção do Homem por Meio Dela”.
Podemos citar também o que declara o grande reformador escocês John Knox no documento oficial da denominação, capítulo 15, sob o título “A Perfeição da Lei e a Imperfeição do Homem”:
    Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna; (…) Mesmo depois de sermos regenerados… importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação… cumpramos a Lei em todos os pontos
    Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei… mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta… dará à Lei a obediência que ela requer.”
    Em “Confissão de Fé Escocesa”. Grifos acrescentados.

    “As leis básicas de moralidade, e em particular os Dez Mandamentos, permanecem até o fim do tempo como o alicerce moral e espiritual sobre o qual se acha construída a religião do Novo Testamento.”
    Extraído de “The Snowden-Douglass Sunday School Lessons”, 1946, p. 279. Grifos acrescentados. Essa lição está à venda por $24.94. Para adiquiri-la, clique aqui.
Finalmente, vejamos a posição oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal, a qual se encontra em sua confissão de fé, os “Trinta e Nove Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra” (1571), documento confessional há séculos acatado não só por anglicanos ou episcopais, mas também por metodistas e metodistas livres, ao estipular em seu artigo 7, sobre a lei divina:
    “O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.”Ver também em “Constituição da Igreja Metodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website: http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
Depois de mostrarmos na confissão de fé o posicionamento oficial anglicano ou episcopal, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal? Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da denominação têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.


2) Desde quando existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?

O já citado “Sínodo de Dort” decidiu a seguinte posição oficial a respeito da origem do Decálogo:
    “4. É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior.
    “5. O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos”.
    Em “A Corrupção do Homem, a Sua Conversão a Deus e o Modo Dela”, caps. 3 e 4. Grifos acrescentados.
Aí está o testemunho de um documento oficial da denominação. Pelo que lemos do posicionamento anglicano ou episcopal, não há nenhuma dúvida de que os Dez Mandamentos eram como a “luz da natureza” que foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA. Portanto, a resposta a esta pergunta deve ser: DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO!

[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]


Última edição por em 12/24/2007, 05:18, editado 14 vez(es)
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MensagemAssunto: CONTINUAÇÃO   A Igreja Anglicana, a Lei e o Sábado Empty10/11/2007, 23:06

[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]
3) Existe diferença entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?

No “Buck’s Theological Dictionary”, usado muito por metodistas e episcopais ou anglicanos, em seu artigo sobre a “Lei”, há estas afirmações:
    A Lei Moral é aquela declaração da vontade de Deus que orienta e obriga moralmente a todos os homens, em todas as épocas e em todos os lugares, em seu inteiro dever para com Ele. Ela foi solenissimamente proclamada pelo próprio Deus no Sinai. (…) É chamada perfeita (Sl. 19:7), perpétua (Mt. 5:17 e 18), santa, boa (Rm. 7:12), espiritual (Rm. 7:14), amplíssima (Sl. 119:96).”P. 230. Grifos acrescentados.
E direto da lição da escola dominical da denominação, podemos extrair o seguinte:
    A Lei Moral é parte da lei natural do Universo. Justamente como uma lei natural violada, no mundo material, traz suas conseqüências inevitáveis, assim a Lei Moral transgredida traz suas inevitáveis conseqüências nos mundos espiritual e mental.”Extraído de “The Episcopal Church Sunday School Magazine” (Revista da Escola Dominical), junho-julho de 1942, p. 183-184. Grifos acrescentados.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro que esses documentos confessionais cristãos históricos, além de mestres de outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das quais fala a Escritura Sagrada:
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.


4) O sábado pode ser reinterpretado segundo a vontade de cada um?

Os anglicanos ou episcopais acham que eles mesmos são os que devem escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “o sábado cristão”. O fato é que esta questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10). Mas vejamos o que dizem os teólogos anglicanos e episcopais a respeito disso.

O anglicano Dr. William E. Gladstone, que por alguns anos foi primeiro ministro da Inglaterra, faz as seguintes observações em seu “Later Gleanings”:
    O sétimo dia da semana foi destituído de seus títulos de observâncias religiosas obrigatórias, e suas prerrogativas foram transferidas para o primeiro dia, não por algum direto preceito das Escrituras.”P. 342. Grifos acrescentados.
Outro documento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal é o “Explanation of Catechism”, que assim afirma:
    O dia agora foi mudado do sétimo para o primeiro… (mas) não encontramos nenhuma determinação Bíblica para tal mudança; devemos concluir que (essa mudança) foi feita pela autoridade da Igreja.”Grifos acrescentados.
Indiscutivelmente, todas essas autoridades e documentos religiosos anglicanos e episcopais não concordam com a visão herética semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo como norma cristã, e prega o fim total do quarto mandamento, como sendo “cerimonial”. Mesmo que o sábado seja interpretado por esses documentos e autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado cristão” como é chamado, o que importa é que admitem oficialmente a validade e vigência do mandamento e as origens endêmicas do princípio sabático. A questão sobre o domingo ter tomado o lugar do sétimo dia já é outra.


5) A Bíblia ensina a observância do domingo no lugar do sábado?

No “Manual of Christian Doctrine”, dos anglicanos ou episcopais, ocorre esta pergunta e resposta:
    “Há algum mandamento no Novo Testamento, que permita mudar o dia do Sábado para o Domingo? — Nenhum.”P. 127.
O Dr. Peter Heylyn, no seu livro “History of the Sabbath”, declara:
    “Recorrei a quem quiserdes, sejam os pais primitivos ou os autores modernos, não encontrareis nenhum dia do Senhor (domingo) instituído por qualquer ordenação apostólica, nenhum movimento sabático iniciado por eles com relação ao primeiro dia da semana.”Ed. de 1636, parte 11, cap. 1, par. 10, p. 28.
Em sua obra “Examination of the Six Texts”, na qual o Dr. William Domville estuda profundamente seis textos bíblicos sob os quais foi construído o argumento do domingo como dia do Senhor, ele declara francamente:
    “Nenhum dos escritores eclesiásticos dos primeiros séculos atribui a origem do domingo a Cristo ou aos apóstolos. (…) Séculos da era cristã passaram-se antes que o domingo fosse (geralmente) observado pela igreja cristã em caráter do sábado. A História não nos fornece uma única prova de que fosse (oficialmente) observado como tal antes do edito dominical de Constantino, em 321 AD.”P. 291.
O grande teólogo e historiador alemão de Heidelberg, Dr. Johann August Wilhelm Neander, cuja obra é de tal mérito que lhe valeu o título de “príncipe dos historiadores da Igreja”, declara francamente:
    A oposição ao judaísmo introduziu a festividade particular do domingo, muito cedo, realmente, em substituição do sábado. (…) A festa do domingo, como todas as outras festividades, foi sempre uma ordenança simplesmente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a esse respeito uma ordem divina – longe deles e da primitiva igreja apostólica, transferir para o domingo as leis do sábado. Talvez no fim do segundo século, começou a surgir uma falsa aplicação dessa espécie, pois a esse tempo os homens consideravam pecado o trabalho aos domingos.”Em “The History of Christian Religion and Church”, p. 186, trad. de John Rose da 1ª ed. alemã, B. D., Filadélfia: James M. Campbell & C.º, 1843. Grifos acrescentados.

6) Como poderíamos resumir todo o ensinamento anglicano ou episcopal que vimos até agora?

A A universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Tal fato sempre foi oficialmente reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes denominações, e é o que tradicionalmente constituiu o pensamento geral de toda a cristandade.

B A lei divina nas Escrituras se apresenta com preceitos morais, cerimoniais, civis, etc., sendo que a parcela cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na cruz, mas os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os cristãos.

C Dentro do Decálogo há o quarto mandamento estabelecendo que um dia inteiro entre sete deve ser para descanso e santificado a Deus, princípio este que fora instituído na fundação do mundo para benefício do homem no Éden e deve ser mantido pelos cristãos hoje.

D Jesus não transgrediu o quarto mandamento, muito pelo contrário, Ele pretendia reformar sua observância de acordo com a essência do princípios sabático e em nenhum lugar da Bíblia consta a informação de que o sábado foi substituído do sétimo dia para o primeiro da semana.


7) O que deve fazer o cristão, numa demonstração prática de sabedoria e amor a Deus?
    Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. (…) Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele. (Jo.14:15,21)

8) Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve ser a posição de cada ovelha do rebanho da Igreja Anglicana ou Episcopal?

A Bíblia Viva registra Tiago 4:17 da seguinte maneira:
    Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado.

9) Como cristão sincero, nascido de novo pelo sangue de Cristo, qual vai ser a sua resposta ao Senhor Jesus?

A escolha é totalmente sua!
    Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. (Ap.14:12)

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