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 A Patrística

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Ronaldo
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A Patrística Empty
MensagemAssunto: A Patrística   A Patrística Empty4/13/2008, 11:14

Meus amigos

Antes de expressarem tanto entusiasmo pelos dados da Patrística, talvez fosse bom caírem um pouco na real e saberem que esses escritos, tão exaltados pelos católicos por motivos óbvios (é onde encontram o material para superar as ausências de comprovação bíblica para inúmeros de seus conceitos e doutrinas) são um conjunto de "contradição sobre contradição, contradição e mais contradição; interpolação sobre interpolação, interpolação e mais interpolação; um pouco aqui, um pouco ali", parafraseando Isa. 28:10.

Vejamos uma avaliação disso pelo ex-sacerdote católico canandense Charles Chiquiny, segundo o testemunho que dá num seu famoso livro. Ele viveu no século XIX e foi amigo e confidente do Pres. Lincoln, o qual, garante ele, foi assassinado por ordens de uma sociedade secreta católica, da qual era membro o seu assassino, John Booth:

Capítulo XLI

O trabalho mais desolador de um sincero sacerdote católico é o estudo dos Pais da Igreja. Ele não dá um passo no labirinto de suas discussões e controvérsias sem ver os sonhos de seus estudos teológicos e pontos de vista religiosos desaparecerem! Preso por um voto solene, de interpretar as Escrituras Sagradas somente segundo o unânime consenso dos Pais da Igreja, a primeira coisa que o angustia é sua absoluta falta de unanimidade na maior parte dos assuntos que discutem. O fato é que mais de dois terços do que um Pai escreveu é para provar que o que outro Pai escreveu é errado ou herético.

O estudante dos Santos Padres também descobre que muitos deles nem mesmo concordam com eles próprios. Muitas vezes confessam que estavam errados quando disseram isso ou aquilo; que mais tarde mudaram de opinião; que agora é que se apegam à verdade salvadora que anteriormente condenavam como um erro danoso! O que fazer com o voto solene de cada sacerdote diante desse fato inegável?

É verdade que nos meus livros teológicos católicos-romanos eu tinha longos trechos dos Pais, apoiando mui claramente e confirmando minha fé nesse dogmas. Por exemplo, tinha as liturgias apostólicas de São Pedro, São Marcos, e São Tiago, para provar que o sacrifício da missa, o purgatório, as orações pelos mortos, a transubstanciação, eram cridos e ensinados desde os tempos primitivos dos apóstolos. Mas qual não foi a minha desolação quando descobri que essas liturgias nada mais eram senão vis e audaciosas falsificações apresentadas ao mundo, por meus papas e minha Igreja, como verdades evangélicas. Eu não poderia encontrar palavras para expressar meu senso de vergonha e consternação.

Que direito tem a minha Igreja de ser chamada infalível, quando ela publicamente é culpada de tais mentiras?

Desde minha infância tem sido ensinado, bem como todos os católicos-romanos, que Maria é a mãe de Deus, e muitas vezes, todo dia, quando orando a ela, eu costumava dizer, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por mim”. Mas qual não foi minha angústia quando li no “Tratado Sobre Fé e Credo”, por Agostinho, estas palavras: “Quando o Senhor diz ‘Mulher o que tenho contigo? Ainda não é chegada a minha hora’ (João 2:4) Ele a está é admoestando a entender que, com respeito a ser Ele Deus, para Ele não havia mãe”.

Isso estava demolindo os ensinos de minha Igreja, e dizendo-me que era blasfêmia chamar Maria de mãe de Deus de tal modo que me senti como atingido por um raio.

Muitos livros podem ser escritos, se meu plano fosse transmitir o relato de minhas agonias mentais, quando lendo os Pais da Igreja. Assim ferido, mostrei-os ao Sr. Brassard, dizendo: “Não vê aqui a irrefutável prova de que aquilo que lhe tenho dito tantas vezes, que, durante os primeiros seis séculos de cristianismo, não encontramos a mínima prova de que houvesse qualquer coisa como nosso dogma do supremo poder e autoridade do Bispo de Roma, ou de qualquer outro bispoo, sobre o restante do mundo cristão?

“Meu caro Chiniquy”, respondeu o Sr. Brassard, “eu não lhe disse que quando adquiriu os Santos Padres, estava fazendo uma coisa tola e perigosa? Sendo que é o único sacerdote no Canadá que tem os Santos Padres, pensa-se e comenta-se em muitos lugares, que foi por orgulho que os adquiriu; que foi para exaltar-te acima do restante do clero. Vejo, com tristeza, que estás perdendo rápido o respeito do bispo e dos sacerdotes em geral por causa de tua indomitável perseverança em dedicar todo o teu tempo livre ao estudo deles. És também muito independente e imprudente em falar do que chamas contradições dos Santos Padres, e de sua falta de harmonia com alguns de nossas posições religiosas.

“Muitos dizem que essa excessiva dedicação ao estudo, sem um momento de pausa, irá afetar negativamente tua inteligência e perturbar-te a mente. Até se diz a boca pequena que não se surpreenderiam se a tua leitura da Bíblia e dos Santos Pais te conduza ao abismo do protestantismo. Eu sei que eles estão errados, e faço de tudo em meu poder para defender-te. Mas, julguei, como teu mais dedicado amigo, ser o meu dever dizer-te essas coisas, e advertir-te antes que seja demasiado tarde”.

Eu respondi: “O Bispo Prince me disse as mesmas coisas, e eu conto qual foi a resposta que dele obtive: ‘Quando se ordena um sacerdote, não é ele levado a jurar que nunca interpretará as Santas Escrituras exceto segundo o unânime consenso dos Santos Padres? Como podemos saber o seu consenso unânime sem estudá-los? Não é por demais estranho que, não só os sacerdotes não estudam os Santos Padres , mas que o único no Canadá que está tentando estudá-los, é posto sob ridículo e suspeição de heresia? É minha falta se esta preciosa rocha, chamada ‘consenso unânime dos Santos Padres’, que é o próprio fundamento de nossa crença religiosa, não se ache em parte alguma neles? É minha falta se Orígenes nunca creu na eterna punição dos réprobos; se São Cipriano negava a suprema autoridade do Bispo de Roma; se Santo Agostinho declarou positivamente que ninguém era obrigado a crer no purgatório; se São João Crisóstomo publicamente negou a obrigação da confissão auricular, e a real presença do corpo de Cristo na eucaristia? É minha falta se um dos mais eruditos santos papas, Gregório, o Grande, chamou pelo nome de Ancristo, todos os seus sucessores, por tomarem o nome de Supremo Pontífice, e tentar persuadir o mundo de que tinha, por divina autoridade, uma jurisdição e poder sobre o restante da Igreja?’”

“E o que o Bispo Prince te respondeu?” reagiu o Sr. Brassard.

“O mesmo como fez, expressando seus temores de que o estudo da Bíblia e dos Santos Padres ou me conduziria a um asilo de loucos, ou me lançaria no abismo sem fundo do protestantismo”.

Eu lhe respondi de modo bem sério: “Até quando Deus mantenha a minha inteligência saudável, não posso unir-me aos protestantes, pois as inumeráveis e ridículas seitas desses heréticos são um antídoto seguro contra seus erros venenosos. Não permanecerei um bom católico em razão da uninimidade dos Santos Padres, o que não existe, mas permanecerei um católico por casa da grande e visível unanimidade dos profetas, apóstolos, e evangelistas com Jesus Cristo. Minha fé não se firmará sobre as palavras falíveis, obscuras e volúveis de Orígenes, Tertuliano, Crisóstomo, Agostinho, ou Jerônimo; mas sobre a infalível palavra de Jesus, o Filho de Deus, e de Seus inspirados autores: Mateus, Marcos, Lucas, João, Pedro, Tiago, e Paulo. É Jesus, não Orígenes, que agora me guiará; pois este último foi um pecador como o sou, e o primeiro é para sempre meu Salvador e meu Deus. Eu conheço o suficiente dos Santos Padres para assegurar a vossa senhoria que o voto que fazemos de aceitar a Palavra de Deus segundo o seu unânime consenso é um miserável equívoco, se não um blasfemo perjúrio. É evidente que Pio IV, que impôs a obrigação desse voto sobre todos, nunca leu um único volume dos Santos Padres. Ele não seria culpado de tão incrível erro se tivesse sabido que os Santos Padres são unânimes em somente uma coisa, de que diferem de cada um dos demais em quase tudo”.

“E o que o Senhor Prince disse sobre isso?” indagou o Sr. Brassard.

“Exatamente quando eu o apertava sobre a questão da Virgem Maria, ele abruptamente pôs fim ao diálogo olhando o relógio e dizendo que tinha um compromisso naquele exato momento”.
50 Years a Priest of the Roman Catholic Church, Charles Chiniquy.

E que tal esse breve trecho da ex-freira Ann Collins, em seu livro O Espírito do Catolicismo Romano?:

O Pais Antigos

Os apologistas católicos sempre citam os Pais Antigos como suporte às doutrinas católicas, ao papa e a outras reivindicações de autoridade do catolicismo romano. Mas, quem eram essas pessoas?

Houve muitos líderes cristãos na antigüidade, inclusive padres, bispos e eruditos. Houve muitos desses homens e eles tinham uma ampla variedade de opiniões sobre assuntos religiosos. Suas diferenças teológicas eram tão amplamente variadas como as opiniões dos teólogos das diferentes denominações de hoje. (Nota 14).

Desse modo, alguém pode encontrar alguns Pais Antigos para respaldar uma determinada posição, enquanto outros podem encontrar outros Pais Antigos para sustentar uma posição contrária.

Mas este não é um campo de jogo nivelado. Dentre todos aqueles líderes cristãos, quem decidiu quem seriam os homens qualificados como “Pais Antigos”? Ora, a Igreja Católica. Quem decidiu quais as obras que deveriam ser copiadas e passadas à posteridade? Copiar os manuscritos era uma lenta e tediosa ocupação, antes da invenção da imprensa. Quem decidiu, então, quais os escritos que seriam bastante importantes para serem copiados? Ora, a ICR, é claro!
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