Transcreverei aqui um estudo que creio seja absolutamente inédito e no meu conceito extremamente revelador e absolutamente imperdível, primeiro como revelação do caráter único da Bíblia como escrito sobrenatural, que demonstra a inspiração Divina como sua fonte inafastável e, em segundo plano, mas de forma não menos importante, como as Escrituras permanecem como guia seguro daqueles temem ao Senhor, em cumprimento à premissa básica deste espaço, que é a de que o Eterno não fará coisa alguma, sem antes nos revelar através de Seus servos, os Profetas.
Trata-se assim de um material elaborado pelo Rav. Sha´ul Bentsion, do Grupo Judaico-Nazareno Torah Viva, a quem pedimos expressamente a autorização para reprodução do referido estudo, o que foi gentilmente autorizado.
http://diariodaprofecia.blogspot.com/2008/04/revelao-da-marca-da-besta-prefcio.html
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A Revelação da Marca da Besta Por Sha'ul BentsionI - IntroduçãoDurante muito tempo, fiquei meditando em dois textos bíblicos de grande importância.
O primeiro deles o texto de Guilyana (Apocalipse) 13:18, que nos manda calcular o número da besta. Como disse no artigo “Desvendando a Marca da Besta” (vide arquivos do grupo), isso é um indício de uso de guematria. Para quem não conhece, a guematria é o sistema judaico que associa números a letras. De fato, falamos um pouco sobre isso no artigo supracitado.
Quando escrevi o artigo em questão, demonstrei que havia dois textos no Tanach (Primeiro Testamento) que falavam acerca da besta. Mas, a questão da guematria não me saía da cabeça. O segundo texto que me vinha à cabeça era o texto de Atos que fala acerca dos bereanos (que eu sempre costumo mencionar, pois incentivamos muito que tudo o que digamos seja checado à luz das Escrituras.) Os bereanos sempre pesquisavam nas Escrituras. Aquilo não me saía da mente.
Ora, a “Bíblia” (digamos assim) do público que leria Guilyana (Apocalipse) não seria outra que não a mesma dos bereanos, o Tanach! Então, a resposta deveria poder ser encontrada no
Tanach.
E esse foi o começo de uma pesquisa revolucionária, jamais realizada anteriormente, a qual explico o ítem abaixo.
II - A TécnicaA técnica utilizada para a pesquisa que é tema deste artigo não poderia ser mais simples: utilizando o sistema de guematria simples, o original que era conhecido por todos os judeus à época do primeiro século, fiz uma extensa pesquisa, que levou muitos meses para ficar pronta. O objetivo era simples: Encontrar no Tanach todas as palavras, expressões, ou mesmo frases, cujo valor numérico fosse 666, e tentar desvendar uma possível relevância disso para o ensinamento acerca do antimashiach.
Evidentemente que tal trabalho é incomensurável, e ainda bem que dispomos de microcomputadores, caso contrário seriam necessários meses, talvez anos, para se encontrar todas as referências. Contudo, sabemos também que muitas verdades bíblicas (não me refiro a modismos nem invencionices) estão reservadas para o princípio do fim dos tempos, como forma de alerta aos que viveriam nos últimos dias.
Assim sendo, creio que tal pesquisa é de fundamental importância, para conseguirmos aprimorar o nosso entendimento acerca do anti-mashiach, sua identidade, e seus planos.
III – A RevoluçãoO resultado não poderia ser mais surpreendente. Há mais de 50 passagens no Tanach com valor numérico igual a 666, entre palavras, expressões e frases. E, na maioria delas, não é difícil verificarmos uma possível correlação com o anti-mashiach.
Apresento-as aqui, juntamente com uma possível interpretação para cada passagem.
Mas, não quero com isso, que o leitor se prenda somente às minhas conclusões, mas que possa também, munido dessa informação, seguir em seus estudos e tecer suas próprias conclusões.
Esse talvez seja um dos trabalhos mais importantes que já realizamos. Creio que esta pesquisa estabelecerá um marco de uma nova forma de estudar o número 666, e oro para que a Ruach HaKodesh ainda nos revele muito mais acerca da identidade do anti-mashiach, pois os tempos estão à porta.
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V - Conclusão .
Com base nessas mais de 50 referências do Tanach (Primeiro Testamento), se de fato o número 666 for usado como base de valor de guematria para pesquisarmos acerca do anti-mashiach, o seguinte pode ser concluído sobre ele:
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• Levaria pessoas a adorarem sol, lua e astros
• Impediria as pessoas de se achegarem à Torá e a Yeshua
• Prometeria prosperidade
• Levaria pessoas a se unirem à grande meretriz (Roma)
• Perseguiria (e tentaria matar) os israelitas
• Tentaria derrubar o Tabernáculo de YHWH e dispersar os israelitas com falsos pastores
• Tentaria usurpar o trono de YHWH
• Faria mercantilismo da fé
• Será exposto pelos israelitas da tribo de Gad
• Um ser oculto que se declararia igual a Elohim
• Desvia as pessoas da Torá
• Apresenta-se sob a forma de três
• Enfraquece as pessoas na Palavra de YHWH
• Está associado aos cavaleiros de Guilyana (Apocalipse)
• Os que o seguirem verão a mal que sucede aos que se opõem à Torá
• É o homem do pecado (transgressão à Torá)
• Apresenta-se como filho/descendente de David
• É o espírito de Azaz'el
• Sua descendência é a descendência de Essav (Roma)
• É o rei de Bavel
• Será humilhado por YHWH
• Distorce as Escrituras
• Procura ocultar de seus seguidores o seu adultério (transgressão às mitsvot de YHWH)
• É hipócrita, posando de líder libertador
• É uma criatura das trevas (e não apenas um homem comum)
• É soberbo e seus seguidores são soberbos
• Se opõe à Palavra de YHWH
• Vende o seu sacerdócio por lucro
• Usa o sol como instrumento de adoração e sincretismo religioso
• Seus seguidores se auto-denominam 'sacerdócio levítico' com finalidade de lucro
• Leva o povo a adorar imagens de ídolos
• Blasfema contra YHWH
• Leva o povo cativo a Bavel
• A crença nele se alastrará por toda a terra
• Seu nome será maldito entre os eleitos de YHWH
• Se faz passar pelo Criador da terra
• Espalha o povo, promovendo abominações
• É o devastador
• Diz ser semelhante a YHWH
• Será revelado no fim dos dias
• As pessoas crerão no seu retorno, que será o dia das trevas
• Promete ser fonte de água viva (imitando ao Mashiach)
• O povo o confundiria com o Protetor de Yisra'el
• O povo o confundiria com o Esposo de Yisra'el
• É o centro da adoração de seus seguidores
• É o espírito do keruv (querubim) caído
• Alega ser o sacrifício expiatório (imitando ao Mashiach)
• Faria modificações ao sistema de adoração a YHWH
• O centro de adoração (e principal templo) de seu reino está em Bavel (Roma)
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O estudo aqui trazido, é desafiador. Gosto muito da idéia de um grande amigo que em suas pregações incita os ouvintes com a seguinte afirmativa: "Não tenha preguiça mental!"
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O próprio articulista nos impulsiona a sermos como os bereanos: "que eu sempre costumo mencionar, pois incentivamos muito que tudo o que digamos seja checado à luz das Escrituras."
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Muito mais do que trazer respostas, o estudo traz questionamentos, questionamentos pertinentes e embasados em um estudo aprofundado das Escrituras. Gostaria que o leitor que eventualmente se propuser a aceitar este desafio e jordanear pelas idéias do artigo ora transcrito, o faça em paralelo com as afirmativas constantes de outros estudos já tantas vezes citados neste espaço:
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Capítulo 1. Sinais da vinda de Cristo Capítulo 2. Seguindo o rastro Capítulo 3. Quem é a besta? Parte I Capítulo 4. Quem é a besta? Parte II Capítulo 5. Da luz para as trevas
Capítulo 6. Nasce um império temido
Capítulo 7. O mais grave ataque
Capítulo 8. Duas fases significativas Capítulo 9. Os Estados Unidos na profecia. Parte I
Capítulo 10. Os Estados Unidos na profecia. Parte II - Novo
Capítulo 11. A Última Babilônia - Novo
Capítulo 12. Os últimos sete reis. Parte I - Novo
Capítulo 13. Os últimos sete reis. Parte II - Novo
Capítulo 14. A Batalha do Armagedom - Novo .
Compare as conclusões, as características. Os embasamentos bíblicos e históricos que norteiam ambos os estudos. Pessoalmente me parece que partem de diferentes premissas para chegarem na mesmíssima conclusão.